sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Alquimia, ou Arte Real

Bom Dia, caros leitores. Gostaria de explanar um pouco sobre alquimia. Mantendo sempre os selos de minha iniciação. Mas este texto, será um dos poucos, que tem utilidade para pessoas profanas, que não conhecem muito a arte definida como alquimia, ou Arte Real!
O que seria essa Arte? Na verdade, todas as artes mágicas autênticas (ligadas por mestres realizados) possuem uma única função, e esta função é comum à todas elas. O que muda, são as formas, os meios, em como se exerce essa função, que técnica usar. No início, todas elas eram uma só, nunca houve distinção no mundo antigo, e na verdade na Grande Fraternidade Branca não há distinção. Mas com o tempo, pessoas foram dando mais enfoque numa arte, numa técnica, e isso, creio eu, devido ao fato de melhor exercer um ofício que outro. Leva-se muito tempo para se realizar em apenas uma arte, e quanto mais em outras. Por isso, linhagens autênticas (por serem descendentes) se especializaram numa dada arte, e se afastaram das outras. Assim, surge durante um tempo, a Alquimia. Ela nunca foi uma arte única (no sentido de ser separada de outras), e não surgiu ou foi criada num determinado período. Com o tempo, ela se tornou uma escola à parte da cabala, e se especializou, se tornando sozinha, um tipo de escola cabalista especializada na técnica alquímica. Hoje, não creio eu existir mais uma linhagem pura de alquimia, pois eu mesmo a estudei dentro da cabala, e não, apenas e tão somente alquimia. Ela é filha da cabala, por isso, você pode encontrar nela toda base cabalista, e voltada para seus ideais.
A alquimia tinha várias formas de trabalho, mas as pessoas costumam focar 3, que é a Pedra Filosofal, o Elixir de Longa Vida e o Homúnculo. Mas na verdade, muitas coisas eram estudadas.
A busca da Pedra Filosofal era o objetivo do alquimista, porque esta pedra o ajudaria em todas as outras busca. Isso tem sentido, porque quando você encontra a pedra, todo o resto se torna superficial, e secundário. Pois os elementos necessários para se ter sucesso nessa parte, envolve toda a magia. Portanto, se realizar na pedra filosofal, é se realizar em toda a magia. O Elixir, era uma forma de uso da pedra, a Pedra Filosofal é uma verdadeira cura de todos os males, e incluo aqui não apenas doenças, como obstáculos, impedimentos. Era uma espécie de treino em como usufruir da Pedra, uma vez tendo-a alcançado.
E o que mais gosto, o Humúnculo, ou homunculus. Que leigamente é a criação de um pequeno homem, mas na prática, equivale à criação do próprio homem, fazendo assim do alquimista, a coroação do mestrado em magia, pois ele tendo retornado à sua forma original ou divina, ele age fazendo o homem.
No Egito antigo, a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo está associado à alquimia. Na cidade de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de Aristóteles e do neoplatonismo.
Foi graças às campanhas de Alexandre o Grande que a alquimia se disseminou em todo o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, em razão da conquista Islâmica da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do ano de 950. Assim, este florescimento da alquimia na península Ibérica durante a Idade Média está relacionado a presença muçulmana na Europa neste período. Lembre-se que Al-Khemia é uma palavra árabe.
O grande dilema da alquimia é que os textos são muito complicados, mesmo para os estudantes iniciados.Muito simbólico, muito criptografado de várias formas diferentes. Em alguns casos (por exemplo, Mutus Liber, O Livro Mudo), a exposição é feita apenas, ou predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.
O mais poderoso feito dos alquimista com certeza absoluto era o homunculus, em hebráico e na cabala conhecemos a mesma arte pelo nome de golem(גולם). No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "Matéria-prima".
A palavra golem na Bíblia serve para se referir a um embrião ou substância incompleta: o Salmo 139:16 usa a palavra gal'mi, significando "minha substância ainda informe".
As primeiras histórias de golems são mais antigas que o judaísmo. Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golem quando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma".
Desde cedo se desenvolveu a noção de que a principal deficiência do golem era a sua incapacidade em falar. No Sanhedrin 65b, é descrito como Raba criou um golem usando o Sefer Yetzirah. Ele enviou o golem para Rav Zeira, que falou com o golem mas ele não respondeu. Disse Rav Zeira:
"Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó".
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.
Ter um golem como servo era considerado como o mais elevado símbolo de sabedoria e santidade, e existem muitos contos de golems ligados a proeminentes rabinos através da Idade Média.
Outros atributos dos golems foram sendo adicionados através dos tempos. Em vários contos, o golem tem escritas palavras mágicas ou religiosas que o tornam animado. Escrever um dos Nomes de Deus na sua testa, num papel colado em sua fronte ou numa placa de argila embaixo de sua língua, ou ainda escrever a palavra Emet (אמת, "verdade" em hebraico) na sua testa, são exemplos de algumas dessas fórmulas de animação do golem. Ao apagar a primeira letra de Emet (da direita para a esquerda, dado que é assim escrito o hebraico), formando Met (מת, "morto" em hebraico), o golem era desfeito.
Bom, de fato, estes dados são os publicamente conhecidos, mas na prática, por que era a arte mais poderosa da alquimia? Simples, porque era a porta de libertação que o alquimista tinha da roda da vida. Vejamos como funciona. Na verdade, o corpo que usamos é um corpo rotulado de impuro, mas na prática é um corpo criado e regido por nosso karma, desta e de vidas passadas. Então, ele estará semrpe sujeito à essa lei implacável. Mas, após conseguir executar com sucesso a Arte Real, através do simbolismo acima descrito, o alqumista começaria então a fabricar um corpo. Não posso entrar mais em detalhes, mas posso dizer que esse corpo uma vez que era criado pelo próprio alquimista, não seria regido pelo karma, era também chamado de corpo puro. Sendo assim, como diz a fábula, o mais difícil era fazer o golem falar, porque criar esse corpo não basta. Seria necessário também, transferir-se desse corpo criado pelo karma que habita o alquimista no momento da morte, para dentro do corpo chamado golem. Isso é o que significa fazê-lo falar. Assim, estaria livre do karma. Uma vez dentro desse corpo, poderia reencarnar consciente, mas, seria por escolha, não mais ditado pelo karma. Assim, o alquimista poderia escolher o reino humano ou não para renascer, e não mais pela necessidade, e sim, para benefício de todos os seres que sofrem. Se for de sua vontade, não renascerá mais.
A magia assim como a alquimia usam as artes de forma diferente. Por exemplo, a alquimia dividia a arte em quatro fases, assim como a cabala faz com magia. Vamos entender um pouco isso:
Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e putrefacta (associada ao calor e ao fogo); Aqui é muito interessante, porque na magia é chamada arte negra ou magia negra. E ao contrário do que os profanos acreditam ou magistas ignorantes que não são verdadeiramente iniciados, a magia negra não possui intenção alguma de fazer mal ao próximo. Na magia real, magia negra é a arte de trabalhar coma parte material e "ruim" de nosso ser, por exemplo, o ódio. O ódio na magia negra se torna isntrumento de sucesso. Assim, paixões humanas que em outras artes são evitadas e incentivadas à destruição, aqui se torna fundamental, pois é a própria matéria-prima da Arte Real. Sem chumbo, não pode haver ouro, entende? Essa parte da alquimia, menos entendida por ocidentais e profanos, e talvez por isso, que essa arte mágica tenha sido extinta. Outros místicos obsoletos e imbecis, confundiram, e criaram uma arte falsa que visa destruir o próximo ou fazer mal às pessoas como meta ou objetivo. Daí, deram o nome de magia negra. Assim, a confusão estava armada. Aqui, de forma alguma isso seria tolerado. Aqui, entende-se o homem como ele é. Se você não conseguia evitar odiar, sentir paixões, emoções pertubadoras, mesmo que se dedicasse, o mestre o ensinaria a utilizar essas próprias forças dentro de você como forma ou instrumento de trabalho, assim, uma vez perito, você poderia beneficiar muitos seres que são dominados por essas emoções. Outra forma de usar essa arte, era chamada de dominar os demônios. Quem domina os demônios, só fazem isso através do poder negro. Por exemplo, um exorcismo é uma arte negra, porque visa dominar o demônio através de poder. Se não tiver habilidades na arte negra, não poderá exercer domínio autêntico sobre demônios. É chamado negro, devido à matéria-prima que usa, podre. Mas lembre-se, o chumbo aparentemente podre, dá um bom ouro. Que é puro.
Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução com Aquae Vitae (página não existe)" à luz da lua, feminina e à prata); Essa arte, na magia é chamada de magia branca. Tem a ver com a purificação. Com limpeza.
Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa; Essa arte na magia é chamada de magia amarela, se usa para ter prosperidade, para aumentar energia, e produzir uma quantidade enorme de energia.
Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal- o culminar da obra ou do casamento alquímico. Essa arte na magia é chamada de magia vermelha, se usa para magnetisar, para transmutar, para beneficar as pessoas.
Bom, diferentes tipos de símbolos variam de significados, conforme é usado em diferente fase. Muitas pessoas não entendem exatamente isso, pois ao lerem os grimórios, e alguns intitulados como magia negra, acham que visam invocar demônios externos, como se fossem entes reais. Assim, saiba diferenciar na cabala quando ela se refere a demônio, ser que vive no inferno e sofre tormentos por seu karma. E demônios mágicos, que são arquétipos de nosso ódio e emoções pertubadoras, obstáculos que queremos domar ou eliminar. O mesmo livro na mão de um iniciado produz benefício para os seres que sofrem, e nas mãos de um leigo, produz karma ruim para si mesmo e para os outros. Vou citar um exemplo ridículo, mas eficaz de como usar as fases alquímicas para lhe dar com algo, por exemplo uma doença. Se formos usar a arte branca ou magia branca, utilizaremos experimentos que visem purificar o karma ruim que criamos para ter essa doença. Se formos usar a arte vermelha, faremos como num artigo aqui escrito, por exemplo. Se formos usar a arte amarela, criaremos condições e causas para a cura ocorrer de forma espontânea, gerando karma bom para isso. E se formos usar a força destrutiva da arte negra e formos peritos nisso, iremos destruir essa doença pela raiz, extirpando-a com a arte negra e a banindo de uma vez por todas. Isso facilita o entendimento? Espero que sim, porque me fogem exemplos mais claros, no momento.

Creio que neste pequeno resumo, conseguimos expor diferentes fases da alquimia, e aprofundar muito o uso desta arte maravilhosa que é a alquimia. Claro que poderíamos aprofundar cada fase, e ir a fundo dentro da técnica de como fazer isso. Mas, seriam necessários muitos e mutos artigos para tal ambição.

Dedico este texto para o bem estar de todos os seres que sofrem, e precisam de meios eficazes para aliviar seu sofrimento.Que todos possam se libertar!

Referência Bibliográfica:
Olhar um tópico específico, que contém todos os textos aqui apresentados e suas devidas referências!

domingo, 21 de novembro de 2010

Um Pequeno Uso de Alquimia, uma breve introdução ao sistema alquímico

Boa Tarde leitores do blog. Sempre pedindo desculpas pelos atrasos na postagem, mas nesses últimos 7 meses fiz um retiro extenso de práticas e rituais extensos mesmo, que exigiram muita concentração e tempo, e pretendo entrar em outro logo, por isso, irei postar algo mais, antes de fazer outro retiro.
Sempre gostaria de frizar que tudo aqui no quesito exercício ou prática, deve ser apenas como índice usado, e necessita de um mestre qualificado para esclarecer mais os tópicos e técnicas usadas. Portanto, esse blog não visa substituir um mestre, até porque seria impossível tal pretensão.
De todas as artes da cabalá, eu acredito que a alquimia é a mais perigosa. Nenhuma arte é tão perigosa e possui tantos riscos à nós, quanto ela. Acredito que é justamente por isso que ela é extremamente fechada aos profanos,e ficou imersa em segredo desde os tempos dos grandes alquimistas. Meu mestre ensinava com muito receio, e foi difícil demais aprender ela. A alquimia está toda publicada, o estranho é que seus símbolos ainda não foram profanados ao público ou leigo. Continuam sendo mistério, dentro de todas as ordens tradicionais. Eu óbvio não farei isso.
Por que ela é tão perigosa? Simples, porque de todas as coisas que a cabalá possui, ela é a mais humana. Vamos entender isso a fundo. Já foi explicado, mas nunca é demais frisar isso.
O caminho possui várias fases. Várias técnicas, várias formas de trilhar. Isso, porque existem muitos tipos de seres, e é necessário métodos para que eles possam trilhar o caminho conforme suas necessidades pessoais. E ninguém é igual. Dentro dessas fases, ainda existem mais formas ainda, as fases costumam se dividir em muitas outras técnicas, porque se você chegar numa fase, ainda assim precisa viver essa fase de acordo com sua capacidade e habilidade. Não poderá mudar de fase ou ter sucesso, fazendo algo que não pode executar. Mas outros podem. Por falar nisso, queria fazer uma observação. Essas fases e métodos foram conhecidos por alguns. O problema está na capacidade de iniciação. Essa foi uma, se não a maior causa de distorção nos ensinamentos, em minha opinião.
Começa assim. Com devoção. Nessa fase do caminho, se estuda as leis, os conhecimentos, e se dá força à devoção. Como o aprendiz não possui muita capacidade de prática, nem nenhum conhecimento de como se libertar, nessa fase, se deve frisar o caminho de empenho nas coisas que se deve adotar, e nas coisas que se deve evitar. Se deve evitar ações ruins, se deve evitar fazer o mal a si e aos outros. Como aqui, não conhece rituais nem possui habilidade de executar rituais mágicos nem pode fazer, deve evitar criar mais karma ruim. Já que possui muitos desta e de outras vidas, pelo menos não causará mais sofrimento a si mesmo. Deve se dedicar com empenho em fazer o bem, oferendas, ajudar os mais necessitados, evitar bebidas, evitar fumar, má conduta sexual, etc. Assim, ocorre a preparação da base. Nessa base, futuramente se construirá uma edificação forte, e inabalável. Deve ler, mas mesmo que leia e estude muito, não possui karma suficiente que permita ter acesso aos ensinamentos secretos, aos significados reais. Assim, nessa fase, o aprendiz é apenas um pequeno candidato à realização mágica. Decora textos, frases, possui um intelecto vibrante e pode ser inteligente e até culto, mas não pode faz muito. Por exemplo, nessa fase, a pessoa acredita que, devido ao seu mal karma e falta de sabedoria(sophia), a inteligência(gnose ou epistéme) é a força maior. Por isso se empenha tanto em ler coisas que não pode fazer, mas que mestres autênticos numa fase mais avançada do caminho fazem. Pode experimentar ligeiros estados alterados, cura espantosa( câncer, aids, cegueira, paralisia, etc.), conseguir realizar desejos inesperados(força do pensamento) como sucesso financeiro, e alguns feitos, relacionados à sua fé, como em casos raros, manifestação de fenômenos sem explicação plausível para profanos, e chamados por muitos de milagres, mas isso em si mesmo, nada significa. Mas é impossível para esta pessoa possuir a sabedoria(sophia) que não é dependente de intelecto, nem de raciocínio, nem de nenhuma forma de conhecimento mental comum. Não faz uso de memórias, de conhecimento, nem de aparato sensorial algum. Esse é o verdadeiro milgare, mesmo em graus mínimos, essa manifestação é a verdadeira natureza da pessoa, seu SER real que começa a brilhar dentro de uma imensa escuridão, que dominou por milhões de vidas passadas essa pessoa. A importância dessa fase está naqueles seres cujos obscurecimentos estão tão grandes, que não enxergam nada além de ilusões, e anseiam por isso. É instintivo, porque acredita ser corpo físico, matéria. Se empenha ao máximo para satisfazer seus instintos de fome, sede, prazer, e pode cometer crimes em nome de paixões que dominam seu SER completamente, essa mente inferior, não permite que sua natureza verdadeira brilhe, mas nós temos que ter compaixão, porque mesmo dentro desses seres, está uma natureza pura, luminosa, e sabedoria. Apenas está coberta por trevas. Estes seres não podem se beneficiar das ciências posteriores da magia, pois utilizaria delas apenas para reforçar suas paixões e reforçar a perseguição de uma ilusão. Mas, precisam de ajuda. Logo, a eles deve ensinar-se o arrependimento, e busca de coisas boas, evitar as ruins, purificação através da fé e outras ações externas. Assim, se preenche as capacidades dessa classe de SER, e ocorre uma brecha, para que nas próximas vidas, ele possa purificar mais seus conceitos e idéias, deixando enfim sua natureza divina brilhar, tal como é. Deve-se limitar-se a tentar pelo menos um renascimento humano para estes seres, o que já é bom por demais, se pensarmos em seu comportamento, e levarmos em consideração suas idéias.
Num grau adiante, a pessoa acima, passa para um nível superior. Aqui, começa a se relacionar com imagens sagradas, símbolos poderosos, sinais e palavras misteriosas. Antigamente, mesmo sendo muito culto, a pessoa não sabia nem acreditava em imagens, nem símbolos, nem nada. Simplesmente acreditava numa força superior, da qual não faz a menor idéia do que seja na vida real. Aqui, ele já é superior ao caso acima, mas ainda inferior aos casos futuros. Aqui, ainda é necessário manter boas ações, fazer pedidos de purificação, confessar nossos erros e pedir perdão, sermos perdoados, agirmos de forma a criar boas condições para nossas futuras vidas. Nessa fase, começam-se orações e ritos. Deve-se recitar sempre as mesmas preces e orações. Na verdade, nas tradições verdadeiras e autênticas, se usa um tipo de medidor nessa fase. Não posso explicar o porquê desse método ser superior ou muito acima do anterior, que nem imagens conhece, nem acredita, pois crê num tipo de idolatria ou coisa parecida. Apesar de mostar de forma superficial o caminho, deixo ao mestre explicar o porquê desses instrumentos. No cristianismo se chama terço bizantino, no hinduísmo e antigo brahmanismo se chama japa, no budismo se chama mala, no islamismo sufi, masbaha. Cada cultura dessa, possui seu conjunto de iniciados, e quando você vir alguém com um desses nas mãos, merece muito mais respeito do que os outros que ainda não estão nessa fase. São praticantes mais sérios e qualificados.
Na tradição islâmica por exemplo, o Profeta Muhammad disse (para o Imam Ali(K) e para sua filha Fatima(R):
"As palavras que o anjo Gabriel me ensinou, que vocês devem dizer "Subhana Allah" (Glorificado seja Deus) dez vezes depois de cada oração, e dez vezes "Alhamdu lil-lah" (Louvado seja Deus) e dez vezes "Allah Akbar" (Deus é o maior). E que quando vocês forem para a cama devem dizer trinta e três vezes cada uma."
Alguns anos mais tarde, Ali costumava dizer: "Desde que o Mensageiro de Deus nos ensinou aquelas palavras, nunca deixei de dizê-las uma única vez."
Também é dito:

"Há algum de vocês incapaz de ganhar todos os dias mil benefícios? Então perguntou um dos que se encontravam sentados: Como algum de nós pode ganhar mil benefícios? Ele disse: Clamando perfeição de Allah(Subhana Allah) cem vezes, então, lhe é escrito mil recompensas ou lhe são apagados mil de seus erros." (Muslim). Isso realmente funciona em minha opinião e vivência.
Essa contagem serve para nos dar um parâmetro. Após uma certa recitação num número específico de vezes, alguns sinais de realização devem ocorrer ao praticante, mostrando que está no caminho certo. Em todas as tradições isso é igual. Como sempre digo aqui, os magos foram os grandes servidores da humanidade. As maiores religiões do mundo possuem tudo isto em comum. Islamismo, hinduísmo, cristianismo, budismo possuem métodos exatamente iguais (elas respondem por mais de 90% das religiões do mundo, juntas). Porém, dentro delas, somente um grupo seleto de homens e mulheres que foram iniciados de verdade por um mestre, sabem usar esses métodos de forma eficaz, e são os únicos habilitados a compreender o funcionamento. Entendam leitores. Todos os mestres compartilharam sua sabedoria para diversos homens, porque precisavam de diversos métodos, mas se procurar com sinceridade e amor, de forma imparcial, verá que foram professores únicos, que propagavam um único ensinamento, com forma diferente. Se esses sinais não surgem dentro de um número de recitação, sabemos que algo saiu errado. Sabemos que com certeza os sinais ocorrem, quando feitos de forma correta, depois de um número de recitação. Devemos rever nossa prática, corrigi-la e retomá-la dessa vez, fazendo o correto.
Depois, entenda que um caminho posterior engloba e mantém o caminho anterior, sendo assim, o caminho é progressivo e de certa forma contínuo. Com isso, ainda se deve manter um nível alto de caridade, de cordialidade, de doação, amor ao próximo, evitar ações danosas e ações ruins. Aqui, já houve progressos, surge o conceito de alma, ou ser que encarna, e não se entende realmente o que é esse SER. Acredita-se ser imortal, e não há conhecimento de leis maiores, como reencarnação, e assim por diante.
Mais a frente em algum momento, começamos a conhecer mais coisas. De várias formas, lendo, estudando, pesquisando. Então o mestre nos apresenta os ensinamentos mais místicos, esotéricos, onde através das coisas passadas, adicionamos exercícios de diversos meios. Mas todos esses métodos e rituais, preces e orações, ainda utilizamos a parte racional, inteligência(gnose), cultura, conhecimento, memórias, e aparatos sensoriais. Não enxergamos O SER como de fato é. A realidade. Aqui, começa a crença na reencarnação, a crença nos seres de outros reinos e mundos, etc.. Mas ainda se crê num atmam, anima, alma, Eu, ou espírito que reencarna.
Num caminho maior ainda, chega-se a rituais. De diversos tipos, como purificação, de prosperidade, de viagem astral, e coisas do gênero. O problema é que muitos profanos conhecendo algum dos caminhos acima, acreditam ser ele o único. Pior, com muita ignorância, começam a crer que nenhum outro é bom o suficiente, e pior ainda, passam a querer banir os outros. Isso mostra quanto eles são ignorantes, e se quer conhecem a verdade absoluta. Nem mesmo estão perto. Para deixar o ar mais sombrio, em minha experiência pessoal, vejo pessoas que estão na primeira fase, crendo serem superiores às fases posteiores. Logo a fase inicial. A mais básica. Por isso a ignorância, por ser tão pouco experiente no meio, acredita já ter percorrido o caminho todo. Quanta ingenuidade. Outros, se realizam em viagem astral, e passam a defendê-la como sendo a verdade universal, dando empenho somente a isso. Assim, tendo essa visão mais realista e autêntica dos ensinamentos, fica fácil entender o porquê de tanta seita, ordens, grupos, centros, e doutrinas religiosas por aí. E tendo isso em vista, ficará fácil o leitor se localizar, e saber em que fase está.

Queria animar todos os leitores, pois muitos se sentem mal vendo o mundo como está. Queridos amigos e sinceros buscadores, queria que tivessem ânimo. Há muitas e muitas profecias de mestres consumados, que previram tudo isso que ocorre. Foi tudo calculado. Alguns deles até esconderam ensinamentos, esperando a época certa de revelar. Outros, voltam, e de forma anônima, cumprem suas missões, mas por isso mesmo, desconhecidos, Incógnitos. Coloquei aqui um artigo sobre ciclo de tempos, e suas relações, mas não citei que existem muitas profecias de mestres realizados. Essa era é uma era ruim, porque prosperará religiões e idéias errôneas, e muitos seres irão sofrer por causa da propagação dessas seitas, ordens, e grupos. Haverá muita profanação dos ensinamentos. Fiquei triste, mas após constatar profecias muito claras, e específicas se cumprirem, alcancei minha paz. Na Era de Aquário, muito vai melhorar, apesar de nessa época esses grupos serem muito numerosos, por causa da atual época que vivemos, eles crescerão agora. Não depois. Uma das profecias mais espantosas que tive a honra de presenciar, foi uma que foi escrita há 900 anos atrás, sobre profanos iludidos e ignorantes das leis divinas, levianos, que iriam ao oriente para propagar coisas erradas. Fiquei conhecendo um projeto denominado Janela 10/40, pessoas altamente ignorantes e dominados por ódio e mal karma, que futuramente renascerão nos infernos, estão indo em busca de guerra religiosa, no oriente. A profecia descreve exatamente como isso iria acontecer, e de forma muito precisa. Isso me deixou muito feliz, porque pensei, se nossos mestres já sabiam disso, eles tomaram iniciativas para tal. Outras profecias falam que quando isso ocorrer, os grandes mestres virão para o ocidente. "Tudo começou no oriente e terminará no ocidente". A luz surgiu lá, mas irá se por aqui. Os ensinamentos prosperão aqui, isso mesmo, no ocidente. Portanto, muitos pensam em renascer lá no oriente, devido à beleza da espiritualidade lá presente, mas creio que deva em suas orações, pedir para renascer onde há luz. A lei de causa e efeito sempre muda tudo. Mas jamais estará errado se buscar luz, pois onde quer que ela esteja, lá estaremos nós. Outra coisa, vivemos uma época de abertura de grandes lojas esotéricas, como grupos que eram fechados, e hoje abriram ao público. Ao contrário do que todos acham, isso não é bom. É o sinal de mudança. Foi profetizado. As ordens não serão mais essas externas, e sim, internas. O profano entrando, é sinal de profanação. Por isso, as lojas, ordens estão cheias de coisas errôneas. Os próprios místicos serão leigos, e não saberão onde está o verdadeiro caminho. Então deixemos esse povo ignorante e leigo pensar que conseguiram algo. Fiquemos na luz! Mas, no período adequado, vão começar a decair, e serão aos poucos esvaziados. Mas, tenham fé. Na Idade Média, havia pouquíssimos mestres na Europa e América. Algo em torno de 10 a 20. A linhagem corria risco de ser extinta, por causa das fogueiras e perseguição, mas em locais ocultos na terra, sem que ninguém soubesse, e de forma completamente isolada disso tudo, as escolas de mistérios prosseguiam, ensinando e mantendo a linhagem, para que hoje, ela ressurgisse de forma completamente pública e óbvia. Portanto, se pensarmos, existem muitos mais seres realizados na Europa e América, e em outros locais, mais do que jamais houve na história, então a luz está brilhando sim. Tenhamos fé. Façamos nossa parte. Confio muito hoje nos mestres, pois testemunhei suas profecias se cumprirem e ver seus representantes vivos hoje ensinando no mundo inteiro e tendo um grupo cada vez crescente de iniciados em várias tradições. Ainda, teremos que aturar esses seres confusos e ignorantes, mas nós precisamos dar prosseguimento à linhagem, e voltarmos à terra de forma consciente, para dar ajuda, e beneficiar a todos os seres. Num futuro, seremos muito úteis. Afinal, faltam apenas algumas centenas de anos para a vinda do próximo Grande Mestre.
E resumindo muito, depois de muito tempo, em alguma vida, ou mesmo numa só, o mestre nos acha pronto para alquimia. A grande façanha que a alquimia promete, é exatamente a Arte Real. Aqui, diferentemente dos caminhos acima, e das outras escolas, a alquimia não usa de meios triviais e rotineiros. Às vezes, são meios sem nexo algum para um profano, pois este olha e analisa de forma superficial. Na alquimia, não é necessário usar um antídoto, pois o substrato se torna matéria-prima da grande obra. Exemplo, nos caminhos anteriores, o praticante não possui habilidade de trabalhar o ódio, por exemplo, porque uma vez com ódio, ele é completamente dominado por essa emoção ou conceito errôneo. Sendo assim, com ódio, cria causas e condições para eventos futuros de natureza ruim e de sofrimento, pois causa mau karma, e traz eventos trágicos, inclusive renascimento no inferno. Na alquimia, o ódio é ele mesmo a matéria-prima, e então como poderia ser desprezado? Quanto mais ódio dentro de si, mais matéria-prima o alquimista tem para se dedicar e fabricar mais ouro. O alquimista já estudou a si mesmo, possui seu laboratório, foi instruído por um mestre qualificado, e está apto a fazer a transmutação. Sem chumbo, não pode haver ouro. Parece incrível, mas nunca ninguém percebeu isso. Conheço muita gente lendo alquimia, e crê que precisa ser convencional. Por exemplo, um alquimista pode beber, fumar, ter emoções que seriam inadequadas a outros praticantes, mas para ele, se torna fruto de seu trabalho brilhante, e é através disso, que ele está apto a trabalhar pelo bem dos demais. O perigo desse caminho é que ao ser mal interpretado, as pessoas possuem emoções destrutivas, continuam gerando karma ruim pra si mesmo e para os outros,e se acham iluminados. Besteira. Isso não é alquimia. Aliás, devo alertar uma coisa aqui. Na minha escola, que é cabalá, o praticante mais valorizado e de maior posto, é aquele que está livre das preocupações rotineiras, como família, emprego, casamento. Ele vai ao deserto ou cavernas, abre mão de todas as coisas mundanas e lá, em lugares ermos, faz seus retiros e práticas. Quando estivermos dentro de nossas ordens ou grupos de práticas, pelo menos entre meu meio místico, e minha ordem, damos maior importância, para aquele que fez isso. Pois ao ver a grande realidade da existência, decidiu dedicar-se apenas ao caminho espiritual, e ali sob a tutela de um mestre, se realizar. Portanto, um mendigo, ou retirante ou peregrino que abriu mão de tudo, e apenas se empenha em libertar-se para ajudar todos os seres a alcançar a libertação também, é o maior dentre nós. Esse foi o exemplo de muitos mestres. Elias, Eliseu, Jesus, João Batista e muitos outros iam ao deserto e viviam apenas de gafanhotos, e coisas do tipo. Que melhor exemplo podemos ter em nossa tradição? Que maior poder pode existir além deste? Querem seguir um exemplo, sigam estes. E em retiro, longe de todas preocupações mundanas, buscavam o verdadeiro SER dentro de si mesmos, sob a tutela de um grande mestre. Não creia aqui que somos superiores a eles. De forma nenhuma. Modernamente, Francisco de Assis o fez. Por isso o admiro tanto. Não pense que esse ser não era realizado, foi um dos cristãos modernos mais realizados que existiu.
Atualmente em nossa sociedade não é permitido fazer isso. Todo mundo acha no mendigo ou pessoa que abriu mão de tudo isso a mais degradante posição em nossa sociedade. Mas antigamente, os moradores ajudavam estes seres, porque sabiam de suas realizações, assim como a viúva que abrigou Elias, e este ressucitou "o filho da viúva". Hoje, na Índia, Tibet, Nepal ainda fazem isso. As pessoas doam coisas e comidas aos mendigos, que são às vezes praticantes da mais alta realização. Não abriram mão de algo, pois não há no mundo algo que eles possam desejar. Portanto, estes são os maiores dentre nós. Os eremitas. Mas e quanto aos outros que não podem fazer isso? Porque são fracos, não possuem essa capacidade? Para estes outros seres, existem outras formas de seguir o caminho, e ainda assim atingir a liberação final. Para estes, existe a alquimia, e outros rituais mágicos. Mas mesmo assim, com negócios, família, e outras coisas, o praticante deve manter em mente a generosidade, a ajuda ao próximo, cortar seu apego aos bens, pessoas, filhos e amigos. Mesmo, no mundo, deve nutrir certo desapego e perceber como tudo isso é ilusório. Do contrário, não conseguirá sinais de realização. Mesmo usando técnicas poderosas. Deve colocar o próximo acima de si mesmo.
Com isto não quero dizer que podemos ser pessoas normais. De forma nenhuma. Os magos que se realizam nas cidades e com vidas profanas, possuem determinação, um empenho muito muito grande, do contrário, não conseguirão o que um eremita consegue. Precisa ir se purificando, e escalando a montanha da iluminação de forma gradual. Mas com empenho e uma linhagem boa, e um bom mestre, isso com certeza é possível numa única vida. Depois desse caminho, surgem os rituais de alta magia. Os ritos de magia menor ajudaram o buscador a treinar seus chakras, sua força vital, o ajudaram a controlar os elementos, a vislumbrar sua verdadeira natureza, a manipular energias poderosas, e com o uso desse artefato é que ele ingressa em alta magia, que não é outra coisa que não manifestar de forma plena nosso SER, tal como é. Através da devoção ao mestre total, de completa obediência, e depois de servir ao mestre que é a manifestação de seu próprio Deus, o mestre o inicia. Depois, é necessário fazer retiros para estabilizar o que vivenciou através de seu mestre. Amadurecer aquilo tudo, pois é tudo novo. Quando ocorre essa estabilidade e maturação, o iniciado volta o mundo profano, trazendo consigo as suas realizações e as bênçãos de seu mestre consigo, e devagar e pouco a pouco, ele integra no dia-a-dia sua realização. Quando o iniciado puder sem interrupção nem falha alguma manter esse estado vivenciado nos rituais, durante as atividades diárias, comendo, dormindo, sonhando, falando, trabalhando, escrevendo, etc., ele se torna um Mestre consumado. Esse ESTADO É O PRÓPRIO ESTADO CRÍSTICO. Não há nada além disso, e nada mais aprender depois disso. O que adianta se realziar e não puder fazer isso quando mais precisa? Portanto, primeiro, é necessário vivenciar a alta magia, através da unificação entre mestre e aprendiz, durante a iniciação. Depois, passar todo o resto do dia nesse estado, o que vem somente através da prática. Esse estado não pode ser descrito, pois é o SER, AQUILO. Nossa verdadeira natureza, desprovida de qualquer qualificação. O Ser é o SER. Só pode ser vivida, e mostrada por um mestre qualificado e experiente, que seja realizado e consumado. Não pode ser descoberta de nenhuma outra forma. Assim, de forma muito reduzida é o caminho a ser percorrido.
Bom, comecemos então com uma simples amostra de alquimia. Primeiro, desperte dentro de si um sentimento de amor profundo e compaixão. Não confunda dó, piedade com compaixão. Aqui devo fazer outra observação:
- Se não consegue ter compaixão sincera ou verdadeira, não faça esse exercício. Do contrário, poderá causar mal a si mesmo. A força desse exercício, está na compaixão. Ela é o fogo alquímico, que transforma ou transmuta o substrato.
Tendo desenvolvido compaixão por todos os seres, e querendo ajudá-los com a sua capacidade, usando o que você possui hoje, pense então em algo que você possui de ruim. Por exemplo, apego ao seu corpo, crendo que ele é você. Isso é um conceito errôneo. Visualize esse apego com uma forma específica diante de você. Pode ser fumaça negra ou escura. Visualize isso dentro de um cadinho (é um instrumento alquímico usado em fundição), branco por fora, vermelho por dentro:






Dentro dele está o substrato. Este cadinho está sobre um triângulo vermelho, cuja ponta está virada para você, ele está sobre este triângulo, e embaixo está o fogo que transmutará o substrato, num círculo de ar, fazendo-o ferver até se purificar compeltamente. O que suporta tudo isso é um Pilar Central, chamado de caduceu de mercúrio. Mas você pode visualizar assim:




A entrada de gás é seu braço esquerdo, que puxa a doença. O suporte vertical é o caduceu de mercúrio ou um pilar reto, que fica na frente da coluna vertebral. Invoque então o seu mestre diante de você e peça suas bênçãos. Se você conhece alguém doente, por exemplo, você pode colocar sua mão esquerda na área doente da pessoa, e retirar dela a doença, por exemplo, um câncer, e puxar para você. Você colocará isso dentro do cadinho, e com as bênçãos de seu mestre, que sempre está presente e é a fonte de toda sua realização, você afirma:


"Quero que a doença dessa pessoa venha para mim agora, e vá direto para o meu cadinho. E destrua imediatamente o apego (ao meu corpo como se fosse eu) que ali se encontra!"




Assim, essa doença em forma de fumaça escura ou outra forma qualquer, entra pela sua mão esquerda e vai para o seu cadinho, que é seu coração. Enquanto permanece aí, puxe toda a doença dessa pessoa para você, sem deixar nenhum único vestígio dela na pessoa. Quando essa fumaça negra toca a fumaça dentro do recipiente, pelo poder das bênçãos de seu mestre e de sua compaixão, as duas substâncias se fundem e começam a brilhar de cor alaranjada, e assumem um cor branca muito forte brilhante, intensa, essa luz, veio de seu apego que foi destruído, e purificado, e uma vez que foi purificado, ali dentro, surgiu uma luz que na verdade é seu ser purificado de apego, puro, cristalino, e limpo. Um ser completamente luminoso, sem nenhum vestígio de ignorância. Agora, agradeça a oportunidade de purificar o seu apego a si mesmo e ao seu corpo, agradeça essa oportunidade ao seu mestre, e ofereça essa transmutação e esses méritos para todos os mestres diante de você, representado apenas por seu mestre. E ofereça para essa pessoa diante de você essa luz branca, luminosa, leitosa, cheia de poder de purificação e transmutação, um remédio capaz de curar qualquer coisa, mas principalmente a pessoa, fazendo com que ela enxergue seu verdadeiro SER, tal como é. Sem nenhum tipo de ignorância ou conceito. Essa luz sai por outra saída, pelo braço direito até o paciente. Quando nossos obscurecimentos são purificados, nossa verdadeira natureza brilha por si só, sem que nada precisemos fazer. Essa, é sua forma de agradecer essa pessoa pela rara oportunidade que ela te deu, como alquimista, para praticar sua arte. Agradeça, dando à ela todos os méritos obtidos por essa prática. Ou seja, pegue a doença e o sofrimento dela, ofereça seu bem estar, seus prazeres, sua felicidade e saúde para ela. Que essa luz branca, realize todas as necessidades que ela possa ter, e conceda a suprema felicidade. Se você praticar de forma intensa e verdadeira, sinais ocorrerão de melhora. A pessoa começa a se sentir melhor, mesmo que a doença não cure, os sintomas melhoram, amenizam, e a pessoa pode ter uma qualidade melhor de vida. Esse é o maior sinal que você poderia ter. A cura depende muito de sua realização nessa arte, mas não só disso. Depende do grau de arrependimento que a pessoa tem de suas ações negativas passadas que resultaram nessa doença. Se ela se arrepender, e pedir perdão, e tiver méritos suficientes para ser curada, a cura ocorrerá com certeza absoluta. Somos senhores de nosso destino, não podemos escapar de nossas próprias escolhas ou ações. Preocupe-se apenas com sua parte. Se o karma criado for muito forte ou a força vital da aura da pessoa tiver se esgotado, a morte virá com certeza. Não há nada a evitar. Há outros sinais, como seu apego diminuir,e até mesmo desaparecer. Sinal de purificação, e eficácia. Mesmo assim, a prática é valiosa. Primeiro, você pode dar uma qualidade de vida melhor para essa pessoa. Depois, o próprio sofrimento, purifica o karma, desde que ela compreenda e não crie circunstâncias ruins. Meu mestre sempre dizia, que se temos um evento ruim ou sofrimento, devemos agradecê-lo, pois purificamos nosso karma e quitamos nossas dívidas. Podemos sair zerados dessa vida, e ter uma próxima mais feliz e amena. Não devemos nos revoltar, culpar os outros, e dirigir nossa frustração para os outros, porque dessa forma, criamos mais karma, e além de sofrer pelo outro karma, criamos condições que cria futuramente mais sofrimento. Não tem lógica isso. Assim, mesmo a morte da pessoa será proveitosa, porque na próxima vida, estará livre de karma ruim, e circunstâncias negativas e obstáculos.


Nossa própria doença pode ser usada como substrato. Basta colócá-la no lugar do apego no cadinho, e fazermos os mesmos ritos. Nossa doença é mais fácil de avaliar, porque nossa cura é o mais poderoso sinal de realização. Assim, esse simples exercício, pode ser usado de milhões de formas diferentes, e sob a tutela de nosso mestre, poderemos fazer muitas coisas com ele. Então, que venham os doentes, tragam-me todos aqueles que sofrem, tristes, me dêem todos os sofrimentos de vocês, e eu vos dou a minha luz, o meu bem estar, minha felicidade em troca. É uma troca justa eu acredito, porque graças a vocês, eu posso exercer minha arte, e posso usar meus métodos. Sem matéria-prima, como pode um alquimista fabricar ouro? Temos outra forma de fazê-lo:



Acima vemos o esquema com o suporte vertical na forma de caduceu de mercúrio, e o cadinho cheio de substrato, juntamente com a essência dos cinco elementos que formam os 7 planetas. Assim, poderemos purificar os cinco elementos impuros dentro de nosso cadinho, e a essência dos 7 planetas, que são responsáveis por nossa percepção mundana, o que nos faz perceber o mundo de forma errônea, de forma dualista, "eu" e "outro", "meu" e do "outro". Assim, tudo se torna uma oportunidade de prática. Um bom alquimista não reclama das adversidades, pois é através delas que ele mesmo adquire oportunidades raras de treinar sua arte. Quanto mais treina, mais habilidoso fica. Enfim, um dia, se torna mestre! Se observar bem, quando você observa pessoas ditas magistas ou realizadas, deve buscar esses sinais nelas.

Dedico este texto, e todos os méritos gerados por ele, a todos os seres, que todos seja libertados, que todos fiquem livres do sofrimento, que todos possam prosperar!

Referência Bibliográfica:

Olhar um tópico específico, que contém todos os textos aqui apresentados e suas devidas referências!