O que seria essa Arte? Na verdade, todas as artes mágicas autênticas (ligadas por mestres realizados) possuem uma única função, e esta função é comum à todas elas. O que muda, são as formas, os meios, em como se exerce essa função, que técnica usar. No início, todas elas eram uma só, nunca houve distinção no mundo antigo, e na verdade na Grande Fraternidade Branca não há distinção. Mas com o tempo, pessoas foram dando mais enfoque numa arte, numa técnica, e isso, creio eu, devido ao fato de melhor exercer um ofício que outro. Leva-se muito tempo para se realizar em apenas uma arte, e quanto mais em outras. Por isso, linhagens autênticas (por serem descendentes) se especializaram numa dada arte, e se afastaram das outras. Assim, surge durante um tempo, a Alquimia. Ela nunca foi uma arte única (no sentido de ser separada de outras), e não surgiu ou foi criada num determinado período. Com o tempo, ela se tornou uma escola à parte da cabala, e se especializou, se tornando sozinha, um tipo de escola cabalista especializada na técnica alquímica. Hoje, não creio eu existir mais uma linhagem pura de alquimia, pois eu mesmo a estudei dentro da cabala, e não, apenas e tão somente alquimia. Ela é filha da cabala, por isso, você pode encontrar nela toda base cabalista, e voltada para seus ideais.
A alquimia tinha várias formas de trabalho, mas as pessoas costumam focar 3, que é a Pedra Filosofal, o Elixir de Longa Vida e o Homúnculo. Mas na verdade, muitas coisas eram estudadas.
A busca da Pedra Filosofal era o objetivo do alquimista, porque esta pedra o ajudaria em todas as outras busca. Isso tem sentido, porque quando você encontra a pedra, todo o resto se torna superficial, e secundário. Pois os elementos necessários para se ter sucesso nessa parte, envolve toda a magia. Portanto, se realizar na pedra filosofal, é se realizar em toda a magia. O Elixir, era uma forma de uso da pedra, a Pedra Filosofal é uma verdadeira cura de todos os males, e incluo aqui não apenas doenças, como obstáculos, impedimentos. Era uma espécie de treino em como usufruir da Pedra, uma vez tendo-a alcançado.
E o que mais gosto, o Humúnculo, ou homunculus. Que leigamente é a criação de um pequeno homem, mas na prática, equivale à criação do próprio homem, fazendo assim do alquimista, a coroação do mestrado em magia, pois ele tendo retornado à sua forma original ou divina, ele age fazendo o homem.
No Egito antigo, a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo está associado à alquimia. Na cidade de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de Aristóteles e do neoplatonismo.
Foi graças às campanhas de Alexandre o Grande que a alquimia se disseminou em todo o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, em razão da conquista Islâmica da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do ano de 950. Assim, este florescimento da alquimia na península Ibérica durante a Idade Média está relacionado a presença muçulmana na Europa neste período. Lembre-se que Al-Khemia é uma palavra árabe.
O grande dilema da alquimia é que os textos são muito complicados, mesmo para os estudantes iniciados.Muito simbólico, muito criptografado de várias formas diferentes. Em alguns casos (por exemplo, Mutus Liber, O Livro Mudo), a exposição é feita apenas, ou predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.
O mais poderoso feito dos alquimista com certeza absoluto era o homunculus, em hebráico e na cabala conhecemos a mesma arte pelo nome de golem(גולם). No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "Matéria-prima".
A palavra golem na Bíblia serve para se referir a um embrião ou substância incompleta: o Salmo 139:16 usa a palavra gal'mi, significando "minha substância ainda informe".
As primeiras histórias de golems são mais antigas que o judaísmo. Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golem quando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma".
Desde cedo se desenvolveu a noção de que a principal deficiência do golem era a sua incapacidade em falar. No Sanhedrin 65b, é descrito como Raba criou um golem usando o Sefer Yetzirah. Ele enviou o golem para Rav Zeira, que falou com o golem mas ele não respondeu. Disse Rav Zeira:
"Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó".
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.
Ter um golem como servo era considerado como o mais elevado símbolo de sabedoria e santidade, e existem muitos contos de golems ligados a proeminentes rabinos através da Idade Média.
Outros atributos dos golems foram sendo adicionados através dos tempos. Em vários contos, o golem tem escritas palavras mágicas ou religiosas que o tornam animado. Escrever um dos Nomes de Deus na sua testa, num papel colado em sua fronte ou numa placa de argila embaixo de sua língua, ou ainda escrever a palavra Emet (אמת, "verdade" em hebraico) na sua testa, são exemplos de algumas dessas fórmulas de animação do golem. Ao apagar a primeira letra de Emet (da direita para a esquerda, dado que é assim escrito o hebraico), formando Met (מת, "morto" em hebraico), o golem era desfeito.
A magia assim como a alquimia usam as artes de forma diferente. Por exemplo, a alquimia dividia a arte em quatro fases, assim como a cabala faz com magia. Vamos entender um pouco isso:
Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução com Aquae Vitae (página não existe)" à luz da lua, feminina e à prata); Essa arte, na magia é chamada de magia branca. Tem a ver com a purificação. Com limpeza.
Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa; Essa arte na magia é chamada de magia amarela, se usa para ter prosperidade, para aumentar energia, e produzir uma quantidade enorme de energia.
Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal- o culminar da obra ou do casamento alquímico. Essa arte na magia é chamada de magia vermelha, se usa para magnetisar, para transmutar, para beneficar as pessoas.
Creio que neste pequeno resumo, conseguimos expor diferentes fases da alquimia, e aprofundar muito o uso desta arte maravilhosa que é a alquimia. Claro que poderíamos aprofundar cada fase, e ir a fundo dentro da técnica de como fazer isso. Mas, seriam necessários muitos e mutos artigos para tal ambição.
Dedico este texto para o bem estar de todos os seres que sofrem, e precisam de meios eficazes para aliviar seu sofrimento.Que todos possam se libertar!
Olhar um tópico específico, que contém todos os textos aqui apresentados e suas devidas referências!
3 comentários:
Sem palavras, muito bem dito e richissime explicado .
Parabéns!
Dan _Lisboa Pt
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هل أنت مسلم؟ تلقيت هذا التقليد من والدي. يبدو أنك تهيمن على الكثير من الفن المصري، والسحر، وأنا مندهش. أنت تتكلم العربية؟
Hey - I am definitely happy to find this. great job!
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