quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Escaravelho e seu Significado

Bom Dia, caros leitores do blog. Alguns devem se perguntar o por quê do nome do blog ser esse e qual seria o significado, apesar de uma breve descrição dada no próprio blog. Bom, o escaravelho é um besouro (do latim vulgar scarafaius, variante de scarabaeus, pelo português antigo escaraveo), e são conhecidos por uma espécie em particular, chamada de corpófagos, ou seja, comedores de fezes, principalmente fezes de mamíferos herbívoros. Aqui, no site, utilizamos a simbologia adotada pelos egípcios, que o denominavam de escaravelho sagrado, ou Scarabeus sacer.
De acordo com o site wikipedia :"As fêmeas de certas espécies (como as do escaravelho sagrado) preparam uma bolinha de excremento (esterco), às vezes cobertas de barro, na qual põem o ovo, e que enterram depois de empurrá-la a certa distância. O escaravelho é também conhecido como escarabeu, carocha, rola-bosta, capitão, coró, bicho-bolo e bicho-carpinteiro. No Egito Antigo, os escaravelhos eram seres sagrados, sendo usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição. Eram muito usados nas mumificações para proteger o morto no caminho para o além. O escaravelho rola-bosta leva seu excremento para a sua toca e o come lá.
Os escaravelhos, com inscrições gravadas na sua carapaça, ou objetos com forma de escaravelhos, constituíam amuletos muito populares no Antigo Egipto. Na mitologia egípcia, o escaravelho sagrado estava relacionado com deus Khefri, responsável pelo movimento do sol, arrastando-o pelo horizonte; no crepúsculo, o sol (ou o deus Rá) morria, e ia para o outro mundo (representado pelo oeste); depois, o escaravelho renovava o sol no amanhecer. Khefri muitas vezes é representado como um escaravelho, ou como um homem com cabeça de escaravelho. Da mesma forma, os escaravelhos-do-esterco, da família Scarabaeidae, ao fazerem bolas de excrementos de que se alimentam e onde depositam os seus ovos que darão origem a larvas que também aí se alimentarão e desenvolverão, eram vistos como um símbolo terreno do ciclo solar. Tornaram-se, assim, símbolos iconográficos e ideológicos incorporados na sociedade do Antigo Egipto. A inscrição do nome do rei em escaravelhos, ao associar o carácter sagrado do cargo do faraó ao simbolismo sacro destes animais, foi determinante para o estabelecimento das listas destes reis já que, em alguns casos, constituem a única prova documental da sua existência."
Ou seja, simbolizava de maneira pública exatamente os ciclos da reencarnação dentre outras coisas. Mas no modo esotérico ou secreto, simbolizava uma arte secreta que posteriormente seria denominada de alquimia. O besouro era em si mesmo o símbolo máximo do alquimista. Isso era muito comum no antigo mundo, e acreditem, ainda no mundo moderno é. Os iniciados sob um símbolo simples e muitas vezes medonho ou nojento, representavam seus ensinamentos mais secretos.
O besouro quando saía em busca de sua bola de esterco representava a busca pela pedra filosofal. Ele tem muitos obstáculos, como ser perseguido por seus predadores, sofre com o tempo turbulento, tempestades de areia, dentre outras coisas. Muitos olhariam o tal besourinho como louco. Alguns diriam:
-"Ah ,tá. Tudo isso por uma bola de esterco? Como pode?"
     Poucos ficariam deslumbrados com o rico besourinho, que da matéria bruta ou matéria-prima tira a vida. Dali mesmo nasce algo tão belo e formoso como a vida e, inclusive, se atribuía isso ao sol, que era o símbolo mais alto de pureza. Como o Lótus. O lótus é sagrado, porque sua flor é uma das mais belas e seu aroma delicioso, mas diante do lodo e da lama surge algo sublime, como o lótus. Puro, belo, perfeito e paira imune, intacto a toda sujeira embaixo dele.
O iniciado se transformava no besouro e iniciava sua busca por sua bola de esterco. Deveria ficar atento, não deixar se seduzir pelas coisas mundanas e profanas. Esquecendo que sua matéria-prima jaz no objeto mais vil à visão e ao olfato, esterco. Alguns acreditam que seria tosco demais algo tão poderoso quanto a pedra filosofal residir dentro de algo aparentemente tão tosco. E saem em busca errada, divagando em outras escolas e doutrinas, alegando que precisam de riquezas, coisas caras, objetos raros. Alguns magos gastam fortunas confeccionando suas espadas acreditando que pelo muito gastar farão dela um instrumento habilidoso na arte. Outros passam a se iludir acreditando que podem acessar o SER através de um livro sagrado e de nenhum outro lugar mais. Outros passam a enxergar as dificuldades que seriam nosso esterco como algo maligno, do diabo, perverso, um verdadeiro castigo de Deus, perdendo assim a rara oportunidade de aprender e evoluir, percebendo a vida, a beleza do lótus, do escaravelho.
Assim, vão surgindo ilusões atrás de ilusões fascinando com imenso poder os candidatos à iniciação, fazendo-os padecer e fracassarem em suas metas. Alguns poucos, devido às ações passadas ou desta vida, pelos méritos que acumularam chegam a uma conclusão que se o esterco é o elixir da longa vida, então as impurezas são ilusões, como sonhos. Não são o que parecem e então passam a extrair esse elixir por compaixão de outros seres e, então, adquirem o direito de uso. Um dia, se tiverem determinação, se tornarão mestres nessa arte, ajudando um número incalculável de seres que precisam de sua ajuda.
Por isso esse blog faz um chamado aos verdadeiros escaravelhos e não àqueles que apenas parecem. Que os autênticos se sintam motivados em sua busca, vejam que não estão sós. Cumpram seu juramento feito de ajudar todos aqueles que chamarem por eles. Há muitos sites, blogs, círculos, ordens perversos por aí. Não precisamos criar outro blog para chamar profanos e pessoas enganadas ou enganadoras. Não percamos tempo. Nosso tempo é curto, utilizemo-lo da forma mais sábia e correta.
Este texto é oferecido a todos os seres que sofrem com suas buscas. Com seus objetivos. Quando estes objetivos estiverem de acordo com a luz e com o bem-estar de todos os seres, que possam gozar de sucesso, sem obstáculos ou impedimentos.
Referência Bibliográfica:
Olhar um tópico específico, que contém todos os textos aqui apresentados e suas devidas referências!
-http://pt.wikipedia.org/wiki/Escaravelho-sagrado
-Ward, John. In: Kessinger Publishing. The Sacred Beetle : a Popular Treatise on Egyptian Scarabs in Art and History. [S.l.: s.n.], 2004. ISBN 9781417946150
- Sir Ernest Alfred Wallis Budge. The mummy : chapters on Egyptian funereal archaeology (em Inglês). [S.l.]: Elibron.com, 2006. ISBN 9780543915603
- Kheper aegyptiorum . zipcodezoo.com. Página visitada em 2011-02-21.
-Marsh, Richard. In: Wordsworth Editions. The Beetle : A Mistery (em Inglês). [S.l.: s.n.], 2007. 72 p. ISBN 1840226099. Página visitada em 22 fevereiro de 2011.