quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ritual de Abertura para Prática de Círculo Interno

Boa Tarde caros leitores. Hoje escrevo sobre a prática de Círculo Cerimonial Interno. O que viria a ser isso? É a prática verdadeira de magia ligada à práticas que envolvam o corpo. Isso seja físico ou de qualquer outra substância.
Quando vamos fazer práticas ligadas a isso, é fundamental antes de qualquer coisa, encontrar ou melhor, descobrir nosso anjo guardião. Solicito cuidado a todos aqui, pois anjos podem ser várias coisas completamente diferentes na cabala. Me refiro aqui explicitamente ao nosso Meleck, ou seja, ação, trabalho. Conforme escreverei em um artigo intitulado Ensinamentos Graduais nas Escolas Tradicionais, há uma parte no caminho que escolhemos utilizar uma imagem sagrada, de um SER a quem admiramos muito e possuímos qualidades muito parecidas. Na verdade, esse expressa de forma divina nossa personalidade, seria o que Jung chama de arquétipo. Vamos fazer uma pausa aqui, e explicar isso de forma mais esotérica.
Essa imagem, nós na cabala chamamos de anjo guardião ou protetor, porque simboliza nosso SER expresso em forma e símbolo. E utilizaremos essa imagem para abrir um canal de comunicação com nosso SER verdadeiro. Se eu for discurssar sobre isso, perderia horas falando (além do que é necessário um mestre qualificado para ensinar isso pessoalmente), pois poderia dizer que é o corpo astral, por exemplo, e depois dizer ser outro corpo, e ainda assim estariam corretas essas afirmações. Mas como falarei no artigo Ensinamentos Graduais nas Escolas Tradicionais, dependendo da fase em que nos encontramos no caminho místico, esse nome ou forma possuirá diferentes tipos de significado. Diferentes uso. Diferentes sinais. A princípio, será um DEUS, mas nossa vivência e experiência não mostrará isso, pois externamente, não passará de uma estátua ou imagem. Por isso, no começo devemos visualizar isso como sendo nosso SER ou DEUS, mesmo que no começo, nossa experiência seja distinta desse conceito. Conforme progredimos, isso mudará conforme nossa própria experiência for se aprofundando. Mas sempre tenhamos em mente que nosso SER verdadeiro, não poderia ser exatamente aquela imagem ou estátua. Ele simplesmente não pode ser definido ou expresso por qualquer um dos sentidos sensoriais. É como o rio que reflete as estrelas no céu, e para quem vê, a água é o universo, e possui a mesma natureza que seus reflexos, e seus reflexos possuem a mesma natureza que a água. Mas se uma pessoa comum visse os reflexos na água e apontasse direto para lá, afirmando ser mesmo de fato o universo e as estrelas, estaria cometendo o que chamamos a cabala de idolatria. Seria um erro muito comum. Idolatria na cabala, era trocar o símbolo pela coisa simbolizada. O reflexo ou projeção, pela coisa original. Portanto, se você adora um DEUS externo, humanizado(ciumento, irascivo, que possui emoções humanas) e acredita de fato que isso é DEUS, odiando imagens divinas ou de outras religiões, isso é a verdadeira idolatria do ponto de vista cabalístico, ou mesmo bíblico, que é o livro cabalista. O que importa saber, é que aquilo lá é um caminho em direção ao nosso íntimo, pois uma coisa não poder ser disntinguida de outra. NO princípio, essa imagem expresssará algo externo através de nossa vivência, pois mesmo que visualizemos essa imagem como sendo nosso SER ou Deus ( como uma estátua), nossas ilusões ainda estão ativas, nos fazendo crer que somos seres humanos, compostos de carne, ossos, cartilagens, cérebro, e assim por diante. E nos fazendo crer que DEUS é alguma outra coisa que não nós mesmos, ou seja, nossa verdadeira natureza. Mas temos que manter o caminho, e o treino, assim como os ritos, pois conforme progredirmos, iremos remover esses véus, esses pecados de vidas passadas, e nossa natureza irá devagar ser mostrada, até seu caráter pleno. Sinais indicarão isso. Existem sinais físicos e psíquicos. O melhor de todos, é quando a estátua ou imagem literalmente aparece para você, com som, forma, cores. Depois desse momento, mesmo que você vá em outras escolas, ou outras religiões, verá as outras estátuas também como projeção desse ser, e da mesma natureza que ele. Podendo inclusive conversar com essas estátuas. Outro sinal é, que ao se tornar esse SER, saberá de coisas que as pessoas fazem a ele, como pedidos, preces, e recitações. Esse é o mais alto nível de realização, porque começamos a nos tornar de fato esse SER, e obviamente, começamos a usar suas ou nossas habilidades, como ver o que eles vêem, ouvir o que ouvem, e por aí vai. Se observar, cada escola utiliza símbolos que advém de sua própria cultura. Cada mestre, ensinará a imagem que sua própria escola ensina e passa através de gerações. Não sendo essa imagem em si e por si mesma a mais paerfeita. Por exemplo, em sociedades ligadas à natureza, essas imagens assumem formas da natureza, como animais guardiões e coisas do gênero, como árvores dos druidas. Em outras, como deserto, assume a natureza do calor, ou fogo, como no caso de Moisés, que viu a sarça ardente, porque provavelmente seu mestre e professor Jethro, assim o ensinou. Sendo aquele possuidor de uma doutrina mais exercida na natureza, promovia o uso de fogo e outros como símbolo. Aliás, o fogo é um dos símbolos mais usados nas escolas. Outra coisa boa a a se notar, é que há escolas mais avançadas que outras. As escolas egípcias, hindu, tibetanas, grega, persa são escolas muito poderosas. Elas possuem dentro de si uma quantidade muito grande de SERES (que expressam o mesmo ser, nossa natureza), e com personalidades distintas, o que favoreceria o iniciado. Pois, quanto mais houver à disposição, mais fácil para ele encontrar uma que possua seu arquétipo, sua natureza. Por exemplo, se você é uma pessoa muito intelectual, não poderia usar uma imagem que expressasse seu ser de forma emotiva, não iria ser natural patra você, você teria que fazer muito esforço para se tornar emotivo e ao memso tempo meditar nessa imagem. Por outro lado, pegando um anjo guardião, com suas próprias características, a mesma natureza estaria sendo expressa, seria natural para você isso.
O mais brilhante de se conhecer isso em magia, é que como disse antes, podemos entender outras esoclas e doutrinas de forma muito mais divina, pois vemos que existem pessoas que até máscaras colocam de outros DEUSES, e comumgam com esses DEUSES, e não só isso, como quando encontram com outras culturas, também comungam com as outras culturas, e possuem níveis de realização extremamente altos. Enquanto há outros tipos de pessoas, que não gostam de imagem, mas fazem um DEUS completamente humano, e cheio de limitações, pois humanizar DEUS é limitar ele, enquanto divinizar o homem, é igualá-lo a Deus. Jesus dinivizava o homem quando se denominava "FILHO DO HOMEM". Pois era filho de DEUS. Há ainda outras escolas que dão uma imagem de um DEUS ou mestre com máscara, pois assim, assumimos de fato esse lado divino. Os mestres cósmicos aparecem a todos os seres, mas surgem em formas que poderão ajudar essas pessoas, não ligam se possuirão outra forma com outro nome, pois não possuem esse ego humano, não são egoístas nem invejosos. Não ligam, se outros levarem seus méritos. São chamados de Filósofos Desconhecidos ou simplesmente Incógnitos. Essa escola ensina também que qualquer um é DEUS. Já que não sabe o rosto de seu mestre, qualquer um poderia ser ele. Isso favorece nossa evolução, pois a máscara nos permite visualizar em aberto nossa verdadeira natureza, ou seja, vazia. A essência de nossa verdadeira natureza é vazia. A cabala faz isso. Em magia cerimonial, nós sabemos de fato o nome dos anjos, pois isso é a natureza deles, mas não sabemos ou conhecemos a forma deles, pois durante os rituais isso será feito. A vantagem de você adotar uma imagem que gosta, fará com que os anjos assumam essa mesma imagem, diante de você. Isso gerará imediatamente reconhecimento, e pronta realização.
Portanto, escolhamos uma imagem de acordo com nossas predisposições kármicas e nossa tradição. Visualizemo-nos com essa imagem, mas de forma brilhante, colorida, e transparente. Quando assumimos essa forma, não possuamos a forma humana. Nesse momento, não somos mais Paulo, Maria, José, JOão. Somos de fato a deidade. Tornemo-nos essa deidade. Vejamos com seus olhos. Ouçamos com seus ouvidos. Sejamos nossa verdadeira natureza.
Em nossa frente, vejamos nosso mestre pessoal. Ele representa todos os mestres do universo. Nesse momento, nem mesmo Jesus, nem mesmo Buda é mais importante que nosso mestre. Nosso mestre é uma expressão desses seres. Não podemos ainda ouvir Jesus, nem podemos ainda ouvir ensinamentos de Budas e messias, mas podemos ouvir nosso mestre, que descende diretamente desses SERES, e possuem a linhagem. Portanto, são mais valiosos que qualquer um destes. Quando estamos tendo dificuldades em ter realizações, é porque estamos com dificuldades em reconhecer nosso mestre como mestre. Saibamos reconhecer e diferenciar nosso mestre do homem. Quando achamos algo ruim de nosos mestre, é porque estamos com karma ruim. Pensemos : " Estou com algum obstáculo, pois não reconheci meu mestre, sendo a manifestação de meu próprio DEUS interno, e minha verdadeira natureza". Quando falhamos em reconhecer nossa natureza, falhamos na devoção ao guru ou professor. Podemos medir nosso grau de realização pela devoção que temos ao nosso professor e mestre.
Visualizando nosso ser luminoso, posusindo dentro do corpo apenas luz, sem órgãos, vazio. Visualizamos que energias brancas entram por todos os poros de nossa pele, pruficam nosso karma e erros, e suas sementes,e estas, saem em forma de fumaça negra e se dissolvem no ar. Fazemos isso várias vezes. Essas luzes, vêm de nosso mestre.
Pequenos ALEPH, MEM e SHIM ou seja, pequenas letras hebráicas luminosas permanecem em volta de nós, formando um círculo protetor contra todo e qualquer malefício. Elas também marcam nossos locais sagrados testa ( aleph = branca), garganta ( shim = vermelha) e coração ( mem = azul). Onde fazemos o sinal da cruz. Esse ritual, deve ser usado para fazer práticas com o corpo. Eles preparam nosso ser, e durante o dia, devemos permanecer no reconhecimento de nosso ser, com o mestre, como sendo da mesma natureza e essência. NA verdade, nosso mestre é a melhor imagem para visuzalizarmos. Em minha escola, usamos o mestre ou professor como anjo guardião. Jamais erramos fazendo isso. Por isso, tão fundamental o encontro com o mestre.
Dedico este texto a todos os seres que sofrem e precisam se libertar!

Referência Bibliográfica:
Olhar um tópico específico, que contém todos os textos aqui apresentados e suas devidas referências!

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