domingo, 28 de março de 2010

Instrumentos usados pelos Astrólogos e Marinheiros

Boa Tarde, caros leitores. Hoje falaremos de instrumentos antigos, que foram usados pelos astrólogos, com intenção de medir ângulos e distâncias entre astros, e assim, poderem mapear o céu. A medida é sempre ângulo. Taí a importâncias desse sistema aos povos antigos. Posteriormente, com a chegada das expansões marítimas, Espanha e Portugal aqui no ocidente, chineses, árabes e indianos, começaram o uso expressivo desses instrumentos, porque as estrelas, permitiam a estes marinheiros, viagens à longas distâncias, e uma forma de orientação, para que não se perdessem. Quero lembrar, que aqui colocarei seu uso, voltado à astrologia mágica, para nós podermos medir e utilizar instrumentos rústicos, que nossos ancestrais criaram ou fizeram uso, para mapeamento do céu. Dessa forma, poderemos compreender seu uso e funcionamento, permitindo a qualquer amador hoje, usar suas funções, e com seus conhecimentos mágicos, fazer bons usos deles. Depois, farei uma amostra de instrumentos super modernos, de custo mais elevado, porém, para aqueles que como eu, sentem a necessidade de estarems atualizados, pois nossos ancestrais, sempre estavam em evolução. Não viviam apenas de passado.
Bom, o quadrante, parece ser o instrumento mais antigo, e mais útil no processo.
Vamos descrever como se cria um agora,tirado da obra : "The Universe at your fingertips", Andrew Fraknoi (ed.), San Francisco: Astronomical Society of the Pacific :


Tal como o nome indica, um quadrante é um instrumento que consiste, essencialmente, num quarto de círculo graduado, ao qual se associa um fio de prumo. Sendo já referido nos Libros del Saber de Astronomia (séc. XIII), a sua função primária é a medição de alturas (sendo altura aqui entendida como distância angular de um objecto em relação ao horizonte), mas terão existido formas mais sofisticadas, com traçados que permitiam determinar a hora a partir da altura do Sol.
Este instrumento é muito bom para se determinar nossa latitude. Tire uma cópia da figura acima, e a cole numa superfície rígida. De mesmo formato, e características.
Cole um canudo na parte superior, e coloque um peso, da seguinte forma:

Quando se encontravam no hemisfério norte, desfrutando da visibilidade da Estrela Polar, os navegadores portugueses utilizavam o quadrante para calcular a latitude a partir desta estrela, uma vez que, em primeira aproximação, a sua altura é igual à latitude do lugar de observação. Para simular este processo, basta localizar a Estrela Polar e efetuar a medição da sua altura com o quadrante.
Compara-se os valores obtidos por vários observadores; depois faça-se a comparação com um valor da latitude tabelado para o local de observação, e, se possível, com o valor fornecido por um receptor de GPS.
Estes procedimentos darão matéria para uma discussão sobre a precisão das medições e a importância da tecnologia no aumento dessa precisão. Uma actividade igualmente interessante consiste em comparar o comportamento da Polar em relação às outras estrelas, no que se refere à sua posição aparente. Para tal, escolha algumas estrelas de comparação na constelação da Ursa Maior, e, em intervalos de uma hora, ao longo de uma mesma noite, meça e registe a altura dessas estrelas e da Polar.
Ou seja, para visualizar a altura de uma estrela, bsta para isso, olhá-la através do canudo, e ver qual ângulo estpa marcando pelo peso. É isso. De forma tão simples e poderosa, poderá ter uma noção dos astros e constelações. Todosos instrumentos que vieram depois deste, se baseiam exatamente no mesmo princípio, sóq ue alguns possuem mais exatidão do que o quadrante, outros, são mais fáceis de usar. Mas não subestime o pdoer este instrumento tão simples e eficaz. Outra coisa, é que não pode olhar o sol diretamente com esse instrumento, pois poderá te cegar. O que se faz para medir o sol?Se faz a mesma coisa, só que de foma indireta:

Poderá fazer isso com um apoio, basta para isso, criar uma espécie de tripé. OU precisará de um amigo para fazer isso.Pode ser utilizado, por exemplo, no estudo da variação da altura do Sol ao longo de um dia, fazendo observações espaçadas de uma hora, por exemplo.
Este instrumento, serve também para poder ver a diferença angular entre estrelas, que será objeto de um artigo a parte. Da seguinte forma:


Você mira um objeto celeste, depois marca na escala com o fio, o ângulo entre elas, e vê depois, do jeito que está na figura acima. Existem indícios, que os egípcios usaram este intrumento como forma de orientação para os templos, pois marcavam as pedras, de forma que coincidissem os ângulos. Ainda hoje, se pode ver essas pedras marcadas com linhas vermelhas. Gosto de começar dessa forma, pois foi assim que nosso acestrais faziam. E isso nos dá habilidades únicas, e compreensões únicas, pois aprendemos de forma prática vendo o universo.
Outro instrumento muito usado em medidas de altura dos astros, era o astrolábio. Veja imagem de um astrolábio persa do século XVIII:

Medição da distância zenital. A linha de fé coincide com o raio luminoso proveniente do astro que atravessa os furos das pínulas e passa pelo centro da roda (os traços a grosso representam as pínulas). O aparelho está suspenso livremente de modo que a vertical do lugar passe pelo centro da roda e pelas origens das graduações. A distância zenital é lida na graduação que se encontra no limbo (ou bordo) da roda.
Veja abaixo uma ilustraçao:

O observador suspende livremente o astrolábio pela argola, numa cábrea, colocando-o na posição vertical. Orienta a roda e gira a medeclina de modo a que a luz do Sol passe pelos dois furos das pínulas. A leitura, feita pela ponta afiada na graduação da roda, indica a distância zenital do Sol, ângulo designado por z ou z . Este é o ângulo formado pela vertical do lugar (dada pelo fio de prumo) com a linha de fé do astrolábio. A altura h do Sol é o ângulo do Sol acima do horizonte, isto é h = 90 – z . Veja abaixo:

O conhecimento da distância zenital medida quando o Sol passa pelo meridiano, ou seja ao meio dia solar, permite calcular a latitude do lugar desde que se possua uma tabela de declinações. O esquema desta operação está representado abaixo:

A latitude é o ângulo fi formado pela vertical do lugar com o equador, medido sobre o meridiano do lugar. Como mostra figura, para latitudes superiores a 23º 33’ este ângulo é a soma da distância zenital do Sol z, com a declinação do Sol d quando este passa pelo meridiano do lugar. A fórmula adapta-se facilmente para outras latitudes.
Este método para a determinação da latitude só pôde ser usado eficazmente após a elaboração de uma tabela contendo a declinação solar em cada dia, ao longo do ano. Na época dos Descobrimentos, foram calculadas várias tabelas de declinações a partir das tabelas do lugar do Sol na eclíptica contidas no Almanaque de Zacuto [vide abaixo]. O lugar do Sol na eclíptica é a sua longitude celeste l . Considerando o triângulo esférico respectivo, vê-se que a declinação está relacionada com a longitude através da fórmula:
sen delta = sen lâmbida . sen epsilon
em que e = 23º 33’ é a inclinação da eclíptica sobre o equador terrestre; vd. Albuquerque [ver abaixo].
Pesar o Sol: Davam os nossos pilotos este nome à operação que consiste em determinar o meio dia solar no lugar considerado. Isto é, o instante em que o Sol passa no meridiano do lugar ou, ainda, o instante em que a sua altura é máxima. Para o efeito, pouco antes do meio-dia solar, o observador orienta o instrumento e gira a medeclina de modo a manter um raio de luz a passar pelos dois furos. Antes do meio-dia a extremidade superior da medeclina vai subindo, cada vez mais lentamente; e, atingido o seu máximo, começa a descer. A maior altura, que corresponde ao meio-dia solar, é o ângulo procurado. Assim, o astrolábio também indica o meio dia verdadeiro sem necessidade de recorrer a um relógio.
Temos outro instrumento chamado de balestilha. Tem a mesma função, se utiliza da seguinte forma:

Você alinha o horizonte com o planeta, e depois é só ver a marcação. Simples assim. Para se ver o sol, não poderia se queimar os olhos, então, se via de costas, esta posição:

Ao avistar a projeção do sol, o observador sabe que está diretamente posicionado, então basta, observar o valor medido.
Outro instrumento usado por árabes, é o kamal, que usava a medida Ibsa, que não é um bom instrumento, por falta de exatidão.Mas muito utilizado pelos árabes.
Agora, finalmente o sextante. De todos os instrumentos, é o melhor, mais exato, e de mais fácil manipulação. Não poderei discorrer aqui sobre ele, pos terei um tópico mais tarde, só sobre ele. Mas até hoje, qualquer navegador que o possua, não precisa de nenhum outro instrumento moderno para localização.

Há ainda hoje me dia, o suo de telescópios, que para estudar detalhes de fenômenos astronômicos são fundamentais, e necessário. Prefiro o Newtoniano, pois é de fácil utilização, e dá uma boa base de observação.

É isso, espero que façam seu quadrante, e prossigamos, em direção aos astros!

Dedico este texto a todos os seres que buscam conhecimento para eolução pessoal, e para o bem estar de todos os seres do universo!

Referência:
-http://www.oal.ul.pt/oobservatorio/vol12/n1/pagina4.html
-Medir Estrelas , de António Estácio dos Reis (edição dos CTT)
-http:// www.cienciaviva.pt/equinocio/documentos.asp
-pt.wikipedia.org/wiki/Astrolábio
-http://www.mat.uc.pt/~helios/Mestre/Guia/G01astro.htm
-Luís de Albuquerque – A Determinação da Declinação Solar na Náutica dos Descobrimentos, Revista da Faculdade de Ciências de Coimbra, volume XXXIX, 1966;
-A S Alves – Nónios e Sub-graduações, a publicar;
-Maurice Daumas – Les Instruments Scientifiques aux XVII et XVIII Siècles, Presses Universitaires de France, Paris, 1953;
-Luciano Pereira da Silva – O Astrolábio Náutico dos Portugueses, Obras Completas, Vol. II, Agência Geral das Colónias, Lisboa, 1943, pág. 49;
-Pedro Nunes – Obras, Vol. II, De Crepusculis, Imprensa Nacional, Lisboa, 1943;
-David Waters – The Sea- or Mariners’s Astrolabe, Revista da Faculdade de Ciências de Coimbra, volume XXXIX, 1966;
-Abraão Zacuto – Almanach Perpetuum, fac-simile, Imprensa Nacional, 1986.
-http://www.ancruzeiros.pt/anci-balestilha.html

Há ainda outro tópico espeífico de Referência Bibliográfica!Favor Consultar!

Um comentário:

Anônimo disse...

achei muito interessante a leitura que fiz em seu blog de informações, sobre os instrumentos astrologicos mais antigos, e, me possibilito a dizer que seu ponto de informações é bastante específico referente ao assunto. e como leitora agradeço e repito amei as informações contidas, e classifico seu blog como maravilhoso.

Adna Bheatriz de Oliveira Alencar