quarta-feira, 24 de março de 2010

Modelos e noções de órbitas e planetas

Boa Tarde a todos os leitores do blog. Eu não ía comentar sobre o assunto que abordarei aqui, mas vi que há muitas coisas aqui na net hoje publicada, e claro, não contendo qualidades alguns sites e blogs. Se não tivesse lido ou visto o que vou comentar a partir de agora, talvez nem comentasse. Não vou quebrar todos os selos, tenho meus juramentos, ms acredito que a partir de agora, os textos serão mais específicos, e serão abordados, para que finalmente possamos entrar na prática ritualística da magia. Devo lembrar aqui, que ao ler estes textos, lembrem sempre do fato de ainda estarems portando o selo do sigilo, sendo fundamental a presença de um mestre qualificado para poder esclarecê-los para usos práticos. Cada texto que aqui coloquei possui um sentido prático, se eu não dissertei de forma explícita, foi de forma interiramente consciente e proposital, já que suas práticas podem ter grandes consequências. Tudo o que aqui afirmo, pode e deve ser desenvolvido, através de vivências pessoais. Não são assuntos de natureza especulatória, nem para serem discutidos de forma filosófica. Quem tiver os requisitos, verá por si mesmo os efeitos aqui descritos e alcançará os sinais rapidamente, ao curso de uma única vida. Esse texto, serve apenas para lembrá-los de que as coisas sempre precisam de um mestre. E, os objetivos aqui propostos, estão claramente definidos ao longo do blog. Aquele que iniciado seja, reconhecerá nesses textos os véus do segredo, saberá, que são de tradição autênticas, e poderemos manter um grupo coeso ao longo de nossa estadia aqui nesse mundo. Ainda que você obtenha esses textos, e até chegue a deduzir o sentido prático, sem um mestre, não vejo resultados satisfatórios a ponto de serem relevantes. Por isso, muitas pessoas lêem monografias e descobrem um milhão de exercícios, mas jamais poderão realizá-los com eficácia, já que sem um mestre não poderão ser bem sucedidos. Além de um mestre, é necessário ser iniciado de forma tradicional, para que haja transmissão de poder, e assim, você consiga os pré-requisitos para poder executá-los com sucesso. Dito isso, prossigamos!
Já foi afirmado aqui que a magia não surgiu de outra coisa ou de outra forma além da observação, e analogias da natureza. Há tempos atrás, nossos ancestrais, observavam o mundo, e viram que haviam sinais fixos, no céu e sinais que se moviam.Mas viram que existiam objetos celestes, que tinham comportamento peculiar, seguiam de uma direção para outra, depois invertiam, e depois voltavam. Isso os deixou intrigados, e por isso, esses objetos especificamente foram chamados de planetas. Planeta é uma palavra em latim, que significa, errante.
Aqui vou abordar todas as tradições que de uma forma direta ou indireta tiveram vínculos comuns, com os atlantes, os grandes responsáveis pela tradição mágica em nosso mundo. Na Grécia, viram um plante que andava muito perto do Sol.Por estar próximo ao sol, chamaram ele de mesageiro de Deus. Hermes. Em latim, ficou conhecido por Mercúrio.
O outro planeta próximo, era bonito, e brilhava bastante, a este foi dado um nome de Afrodite ou Vênus. Devido à sua beleza.
Tinha um que de noite adquiria uma cor avermelhada, de sangue, por isso, chamaram ele de Ares, ou posteriormente de Marte, Deus da guerra.
Devido ao fato deste outro planeta ter proporções imensas, e ser branco-alaranjado, chamaram ele de Zeus ou Júpiter. Teve óbvio, seu pai, chamado de Hronos ou Cronos, um Titã, pai de Zeus, o senhor do tempo.
Veremos a partir de agora isso de forma bem detalhada. Aquele que não compreender isso bem, não poderá compreender a magia prática ou cerimonial. É impossível. Pois, se lerem bem os artigos anteriores, verá que está tudo interligado.
Óbvio que todos os povos que tiveram como ancestrais os atlantes ou lemúrios, tiveram grandes conhecimentos nessa área. Por exemplo, Newgrange, construído em 3200 a.C., que possui profundas conotações astrológicas, pois no solstício de inverno, o sol ilumina o corredor e a câmara central. No site http://www.knowth.com/newgrange.htm podemos ver sua imagem:



Veja agora, uma imagem interna desse momento mágico:

Bom, os planetas são corpos celestes mais próximos da terra do que outros corpos, de dia eles possuem um movimento sempre de leste para oeste, mas de noite normalmente, andam de oeste para leste. Só, que há dias em que isso "não ocorre", ou melhor, parece não ocorrer. É muito estranho, mas temos a ilusão do planeta estar andando ao contrário, ou seja, de leste para oeste de noite. Isso por muito tempo intrigou os magos, pois era uma coisa muito exótica. A isso, foi dado o nome de movimento retrógrado, ou seja, andar para trás. Pois é isso mesmo que parece ocorrer. Mas por que parece? Ele não anda de trás para frente então? Não. Na verdade, não. Deixem-me explicar.
Isso ocorre durante vários meses, dependendo do planeta, até que fica mais lento, e volta ao seu curso normal. Isso ocorre, porque devemos saber que o planeta gira em torno da terra, gira em torno de si mesmo, e giram os dois em torno do sol. Quando ouvimos falar de modelos geocêntricos (terra sendo o centro do universo) ou heliocêntricos (sol sendo o centro do universo), não devemos pensar que um seja melhor do que outro. Na verdade, os magos sempre souberam que girava em torno do sol, mas não há propósitos práticos nisso, em magia, já que para podermos desenhar a posição do planeta, da constelação, devemos construir um mapa do nosso ponto de vista aqui na terra, ou seja, modelo geocêntrico. Como nos parece daqui, e não por uma questão de ignorância. Admito, que depois de lerem o que estou para escrever, perceberão que muitos "esotéricos" não possuem o menor conhecimento disso, porque isso é muito profundo, e é alta magia. Estando numa época de pessoas que querem teorizar magia e não praticá-la, necessariamente, teremos um monte de leigos, falando aquilo que se quer conhecem ou sabem. Peça para um astrólogo apontar as doze constelações no céu, e ficará pasmo, de saber que esse teórico, que se diz tão conhecedor dos mistérios astrológicos, se quer saberá do que falo. Sou adepto de magia e enxergo o presente e o futuro. Pois pessoas práticas assim são. Devemos evoluir com a ciência, aliás, devemos sempre evoluir. Devemos pegar informações que dispomos hoje, e acrescentá-las ao nosso repertório. Devemos estar sempre em aprimoramento, pois conforme veremos, os astros e constelações mudam, andam, e quem ficar vivendo de passado, se perderá no tempo, e passará por ridículo. Assim é todo aquele estudante de bíblia, que acha que o passado é exemplo de tudo e tem tudo. Não percebe que muita coisa evoluiu, e é muito melhor, pois alguns tópicos da bíblia diziam respeito à costumes e hábitos da época. Aliás, se quer entende seu próprio livro, sendo ignorante. A linhagem da maioria das escolas cristãs externas claro, não se manteve. A prova absoluta disso é que se baseiam em um livro escrito há mais de 2000 anos, e que hoje não dispõem de mestres realizados suficientemente bons, capazes que produzem novas edições e novos livros. Se a linhagem tivesse se mantido, as pessoas hoje seriam realizadas, a ponto de prosseguirem com essas publicações. Por exemplo, até o começo do ano 1, do calendário Romano, a bíblia foi escrita de forma uniforme e em todas as épocas, e de certa forma contínua. De lá para cá, houve uma parada óbvia. Não há mais profetas, nem seres cujas realizações superem ou se igualem a aqueles mestres nas linhagens superficiais ou externas, ou mesmo exotéricas, nessas seitas e religiões dita e auto-denominadas cristãs. Para mim, uma prova irrefutável, é o fato de nenhum dos líderes delas, possuírem as realizações do passado, e só vivem falando de exemplos que viveram há mais de dois mil anos atrás, não possuindo nenhum exemplo moderno, que possa ser seguido. Se há? Onde estão as pessoas que bebem veneno, e não morrem? Onde estão os pastores que andam sobre as águas? Se possuem o espírito santo, onde estão os tais fenômenos? Antigos mestres abriam o mar, caminhavam sobre as águas, faziam prodígios. Seria o espírito santo hoje, mais fraco que antes? Claro que não. Ele ainda é tão poderoso e tão forte quanto antes, só que não está nesses meios vulgares. Oh, pessoas de karma afortunado que lêem esse texto, aprendam algo. Em todas as culturas Deus é expresso de forma que represente as pessoas que o cultuam. Se eles vêem um DEUS assim que nem mesmo uma caneta mexe, é porque possuem um DEUS limitado. Isso não faz de forma alguma DEUS ser limitado, e sim, a visão dessa pessoa que sendo limitada, é expressa dessa forma. Ele está nos meios iniciáticos, e secretos das escolas místicas. Os mestres de minha linhagem ainda levam o corpo físico embora, o último, o fez em 1960. Não citarei nomes. E claro, a linhagem cristã ainda não está obsoleta. Dentro dos meios autênticos que é o catolicismo, ainda existem histórias de milagres e feitos inacreditáveis feitos por devotos de santos e católicos fervorosos, dentro de todas as divisões da igreja, como católica romana, ortodoxa, siria, russa, grega, e por aí vai. Há várias provas materiais de santos que alcançaram os mais altos sinais, deixando seus corpos incorruptíveis como prova dessa realização, e sinais, indubtáveis. Por isso, defendo essa linhagem, por reconhecer nela, a linhagem contínua, e única a portar os mistérios cristãos. Com isso, acredito que toda religão deva continuar e prosseguir, pois todas possuem sua função no mundo. Só fico triste em ver pessoas que são toleradas por todas as religiões, mas não toleram as outras, e as outras religiões. Querem converter e acabar com as outras. Nas escolas de magia, os poderes descritos na bíblia ainda são praticados, em segredo, para aqueles que possuem um karma bom e podem presenciá-los. Portanto, com exceção de escolas mágicas autênticas e tradicionais, e da linhagem católica em vários dos seus segmentos, não reconheço nenhuma outra linhagem cristã, autêntica, que prove ser possuidora dos mistérios iniciáticos cristãos. Estou me referindo à tradição dos ensinamentos secretos. Estou sendo bem específico. Linhagem cristã. Há outras linhagens que reconheço a autenticidade, mas são portadores de outros mistérios, como Elêusis, Grega, egípcia, hindu, tibetana, e por aí vai. As outras doutrinas cristãs, possuem objeto de fé, mas não possuem tradição ou linhagem autêntica. Podem e devem ser seguidas por pessoas de karma a fim. Mas não podem aferir mistérios que lhe escapam. Aos bsucadores, deve ser entendido, que todos nós em nossas diversas existências, passamos por fases, que são necessárias para os trabalhos futuros. Por isso, a importância de doutrinas que são limitadas, pois preparam para uma fase melhor. O problema consiste em confundir um meio, como o ponto final de destino. Sou a favor da liberdade de pensar, da livre escolha e do direito que temos de ninguém tentar ou pretender nos forçar por manipulações psicológicas ou de cunho emocional, a uma conversão. Se quisermos, buscaremos. Isso é a verdadeira paz, e espiritualidade. Fico triste, em ver fanáticos, destruirem templos antigos, e/ou modernos, com o intuito de progresso. Isso é um crime contra a humanidade e contra a cultura. Todo ditador quando assume o poder grita:
"Queimem o livros. Quebrem centros culturais, e instrutivos, sob alegação de profanação e pecado. Façamos campanha contra qualquer rede, meio e formas de comunicação que tornem as pessoas cidadãos livres e pensantes." Isso, quando não se usa o medo dos infernos ou alegação de pecado!Quando disserem que Deus não gosta disso, faça um teste muito simples. Troque a palavra Deus pelo nome da pessoa que diz isso a você, verá que faz o maior sentido. Ela não gosta disso, portanto, afirmar que DEUS não gosta, porque ela não gosta, é uma verdadeira blasfêmia.
Pessoas leigas e ignorantes sempre serão um prato cheio, para seres que anseiam por "carne fresca" em suas conversões. E eles se dão bem com essas pessoas, coloque uma pessoa culta, erudita e inteligente, e a coisa muda.Pois eu grito :
"Divulguem os livros. Vamos dar educação, cultura, ciência e meios que permitam a humanidade progredir, e caminhar em direção ao futuro, e não ficar presa ao passado.Vamos divulgar cultura, meios, redes em que isso seja efeuado. Vamos dar meios de uma pessoa se sentir livre e de fato o ser, sem tentativas pífimas, de conversões forçadas, a um sistema fanático. Digo sim à absoluta tolerância religiosa, social, e culural!Quantos homens brancos mataram indígenas e selvagens, alegando levar progresso e culutra?Quantas culturas e civilizaçoes sumiram do mapa, porque outros acharam que eram melhores? Guerras, surgem assim. Conflitos, surgem assim. Vamos divulgar amor, tolerância, aceitação, companheirismo, igualdade".

O carinha acima é Ptolomeu, tido como criador do modelo geocêntrico. Na verdade, herdou dos egípcios.O modelo geocêntrico também é chamado de ptolomáico. Foi um astrólogo muito bom.

Olhe a figura acima. Ela é uma descrição do modelo ptolomáico. O planeta gira num círculo chamado de epiciclo. Esta rota, está dentro de uma rota maior, que é chamada de deferente. A terra fica no centro, sendo o deferente um círculo externo à terra, chamado por ele de excêntrico à terra. Para poder explicar o movimento dos planetas, Ptolomeu criou um ponto chamado equante, que é um ponto ao lado do centro do deferente oposto à posição da Terra, em relação ao qual o centro do epiciclo se move a uma taxa uniforme. Isso explica, como o movimento retrógrado ocorre do ponto de vista de quem observa o planeta daqui da terra.
Como é difícil apenas por aqui de forma bi-dimensional visualizar e entender isso, achei um simulador muito bom para ver isso na prática.
Web Syllabus, Dept. Physics & Astronomy, University of Tennessee
Clique na imagem abaixo e veja isso ocorrendo:

Perceba como ocorre a ilusão de andar para trás do ponto de vista de quem está aqui na terra. Isso nos permite entender como isso ocorre. Sem grandes especulações.
Agora, imagine ver isso de um ponto no espaço, e daí estaríamos tendo a vista do modelo heliocêntrico, criado por Copérnico. Mas repare, que do ponto de vista mágico, não possui utilidade alguma, posteriormente veremos o porquê de forma prática.

O rapaz acima é Copérnico.
Em 1492 termina a ocupação árabe (mouros) da península ibérica, que se iniciou em 711, e começa a Renascença. Inicia-se a tradução dos textos árabes e gregos, trazendo para a Europa os conhecimentos clássicos de Astronomia, Matemática, Biologia e Medicina. Nicolau Copérnico representou o Renascimento na Astronomia. Copérnico (1473-1543) foi um astrônomo polonês com grande inclinação para a matemática. Estudando na Itália, ele leu sobre a hipótese heliocêntrica proposta (e não aceita) por Aristarco ( 300 a.C.), e achou que o Sol no centro do Universo era muito mais razoável do que a Terra. Copérnico registrou suas idéias num livro - De Revolutionibus- publicado no ano de sua morte.
Abaixo, clique na figura para ver diretamente de um ponto do espaço, o modelo heliocêntrico em funcionamento, para compreender que não é do ponto de vista de quem está na terra. Esse é uma simulador (Web Syllabus, Dept. Physics & Astronomy, University of Tennessee). Clique nele para funcionar:

Aqui abaixo, um modelo visual para facilitar a compreensão:

Outra forma de entender:

Copérnico escreveu uma obra em que compilou as constelações existentes, chamada de Almagesto.


Referência: História Ilustrada da Ciência - Universidade de Cambridge, Colin A. Ronam, edição brasileira Jorge Zahar Editor, tradução Jorge Enéas Fortes.
Na astronomia divide-se os planetas em superiores e inferiores.


Superiores (Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e o planeta Plutão) são aqueles que possuem órbita maior do que a da terra com relação ao sol, e inferiores(Mercúrio e Vênus) são o contrário. No que isso implica? Implica no seguinte, Mercúrio e Vênus estão sempre muito próximos do sol, e por isso, dificulta a visualização, dependendo da região. Sendo possível visualizá-los melhor ao anoitecer e ao amanhecer, pois caminham com o sol. Os outros, superiores, por estarem distantes, são visto na noite.
Muita gente quer estudar magia, e não consegue bons livros sobre o tema, portanto, sei da dificuldade de se conhecer isso, e mais ainda, sem uma pessoa qualificada, será difícil ver e distinguir os planetas, pela inexperiência, e ainda mais difícil será disntinguir as constelações. A partir de agora, faremos um estudo aprofundando do céu, e ciclos. Se for possível, faremos uma passagem em diversas tradições que possuem fundamento atlante, pois é o da minha tradição. No começo, teremos as partes chatas, mas são necessárias, acreditem. Depois não fará sentido nenhum, sem esses conhecimentos.
Elongação(e): distância angular do planeta ao Sol, vista da Terra.
Conjunções de um Planeta Inferior:
Conjunção inferior: O planeta está na mesma linha do sol (e=0). Está mais perto da terra do que do sol. Veja um exemplo abaixo de Vênus em conjunção inferior com a terra:



-conjunção superior: o planeta está na mesma direção do Sol (e = 0), e mais longe da Terra do que o Sol.
-máxima elongação ocidental: o planeta está a oeste do Sol (nasce e se põe antes do Sol). É visível ao amanhecer, no lado leste.
(Mercúrio) = 28;


(Vênus) = 48;
-máxima elongação oriental: planeta está a leste do Sol (nasce e se põe depois do Sol). É visível ao anoitecer, no lado oeste.
(Mercúrio) = 28;


(Vênus) = 48;
Veja isso na prática como é:



Conjunções de um Planeta Superior
-conjunção: o planeta está na mesma direção do Sol (e = 0), e mais longe da Terra do que o Sol.
-oposição: o planeta está na direção oposta ao Sol (e=180º). O planeta está no céu durante toda a noite.
-quadratura ocidental: (e=90º). O planeta está 6h a oeste do Sol.
-quadratura oriental: (e=90º). O planeta está 6h a leste do Sol.

Período Sinódico e Sideral dos Planetas
Período sinódico (S):
É o tempo que leva um astro (objeto) a reaparecer no mesmo local em sucessiva conjunções com o Sol e é o período orbital aparente (a partir da Terra) do astro.
Período sideral (P):
É o tempo que um objeto (astro) leva para fazer uma órbita completa em torno de outro, tido como referencia (p/ex., a Lua em torno da Terra), com relação ás estrelas fixas.
Veja na prática o que isso significa (Órbitas da Terra e de Marte em torno do Sol, de oposição a oposição. Não está em escala):

Relação entre os dois períodos

Considere dois planetas, A e B, com A movendo-se mais rápido por estar numa órbita menor. Na posição (1), o planeta A passa entre o planeta B e o Sol. O planeta B está em oposição visto do planeta A, e o planeta A está em conjunção inferior se visto do planeta B. Quando A completou uma revolução em torno do Sol e retornou à posição (1), B se moveu para a posição (2). De fato, A não alcança B até que os dois planetas alcançem a posição (3). Agora o planeta A ganhou uma volta completa (360 graus) a mais que o planeta B.
Para achar a relação entre o período sinódico e o período sideral, vamos chamar de o período sideral do planeta interior, e de o período sideral do planeta exterior. É o período sinódico, que é o mesmo para os dois.
O planeta interior, movendo-se por dia, viaja mais rápido do que o planeta exterior, que se move a por dia.
Após um dia, o planeta interior terá ganho um ângulo de em relação ao planeta exterior. Por definição de período sinódico, esse ganho é igual a , já que em dias esse ganho será igual a . Ou seja:

que é o mesmo que:

O período sinódico difere do sideral na medida em que a Terra também orbita o Sol. A Lua tem um período sideral de 27,3 dias e um período sinódico de 29,5 dias. Esta diferença explica-se devido ao fato de, tendo a Lua e a Terra mesma direção de momento angular orbital, ao passar 1 mês lunar (órbita completa em torno da Terra), a Terra se desloca em sua órbita anual em torno do Sol, e a posição em que aparecerá a Lua cheia (período sinódico) corresponderá á Lua já estar deslocada em seu novo período sideral, e assim sucessivamente a cada mês. Devido a serem órbitas elípticas Kepler, e não exatamente circulares, ocorrem pequenas flutuações.
No caso da órbita da Lua em torno da Terra, este período corresponde às observações das fases da Lua, que deram origem aos calendários lunares e luni-solares. O período sinódico da Lua se chama mês lunar.
Copérnico estabeleceu fórmulas matemáticas para calcular o período sideral dos planetas a partir de seu período sinódico.

1/S = 1/PT - 1/Po
Onde:

S é o período sinódico do outro planeta (interior ou exterior á Terra); PT é o período sideral da Terra; Po é o período sideral do outro planeta.
Como se obteve essa fórmula?
Para achar a relação entre o período sinódico e o período sideral, vamos chamar de o período sideral do planeta interior ( que é o planeta cuja órbita se encontra entre a órbita do planeta exterior e a estrela ), e de o período sideral do planeta exterior ( que é o planeta que possui a órbita mais afastada da estrela ), e o período sinódico, que é o mesmo para os dois.

Sendo assim:

temos, PT movendo-se 360º/PT por dia; e Po, movendo-se 360º/Po por dia. Como o período sinódico é a variação (diferença) dos períodos siderais... 1/S = 1/PT - 1/Po a menor ou maior conforme seja órbita maior ou menor.

Distâncias dentro do Sistema Solar
Copérnico determinou as distâncias dentro do sistema solar em termos da distância Terra-Sol, ou seja, em unidades astronômicas (UA).
Em astronomia, a unidade astronômica (UA) é uma unidade de distância, aproximadamente igual à distância média entre a Terra e o Sol. É bastante utilizada para descrever a órbita dos planetas e outros corpos celestes no âmbito da astronomia planetária, valendo aproximadamente 150 milhões de quilômetros (149.597.870 km).
Distâncias dos planetas inferiores

Quando o planeta inferior está em máxima elongação (eMax), o ângulo entre Terra e Sol, na posição do planeta, será 90°. Então nessa situação Sol, Terra e planeta formam um triângulo retângulo, e a distância do planeta ao Sol será:

Quando o planeta inferior está em máxima elongação (e MAX), o ângulo entre Terra e Sol, na posição do planeta, será 90º. Então nessa situação Sol, Terra e planeta formam um triângulo retângulo, e a distância do planeta ao Sol será:
Seno e Max= distância do planeta – sol, dividido por distância da terra – sol
Portanto:
Distância do planeta – sol = Seno e Max x 1UA
No caso de Mercúrio: distância (Sol-Mercúrio)= sen 28° × 1 UA = 0,46 UA.
Devido à alta excentricidade da órbita de Mercúrio (0,206), a elongação máxima varia de 23° a 28°, e a distância de 0,39 a 0,46 UA.
Distâncias dos planetas superiores
Observando Marte, Copérnico viu que o intervalo de tempo decorrido entre uma oposição e uma quadratura é de 106 dias.
Nesse período de 106 dias, a Terra percorre uma distância angular de ESE'=104° (pois se em 365 dias ela percorre 360°, em 106 dias ela percorre 106/365 x 360°).
Como o período sideral de Marte é de 687 dias, então a distância angular percorrida por Marte nesse mesmo período de 106 dias será: PSP'=55° (106/687 x 360°).
Agora, considerando o triângulo formado pelo Sol (S), Terra (E') e Marte (P') na quadratura (SE'P' na figura), o ângulo entre o Sol e o planeta, visto da Terra, é 90°, e o ângulo entre Terra e Marte, visto do Sol, é ESE'-PSP'=104° - 55 °= 49°.
Então a distância entre Marte e Sol é:

Distância de sol – marte=1UA dividido por coseno de 49º=1,52 UA.
Uma relação empírica para a distância média dos planetas em torno do Sol foi proposta em 1770 por Johann Elert Bode (1747-1826) e Johann Daniel Titius (1729-1796) :
Alfa= 2^n*3+4, tudo isso dividido por 10.
Visite este site para maiores informações:
http://www.noao.edu/education/peppercorn/pcmain.html
Dedico este texto a todos os seres do universo.Que ele instigue a busca do conhecimento e seu devido uso e aplicações práticas para benefício de todos!


Bibliografia
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-Clayton, Donald D., Principles of Stellar Evolution and Nucleosynthesis, McGraw-Hill, 1968
-Chaisson, Eric & McMillan, Steve, Astronomy Today, 2nd ed., Prentice Hall Inc, 1997
-Cox, John P. (1926-1984) e Giuli, R. Thomas, Principles of Stellar Structure, Gordon and Breach Science Publishers, 1968
-Dreyer, J.L.E., A History of Astronomy from Thales to Kepler, Dover Publications, 1953.
-Geymonat, L., Galileu Galilei, Editora Nova Fronteira, 1997
-Einstein, Albert, Relativity: The Special and the General Theory, Bonanza Books, 1961
-Hansen, Carl John (1933-) e Kawaler, Steven Daniel (1958-), Stellar Interiors: Physical Principles, Structure, and Evolution, Springer-Verlag, 1994
-Karttunen, H., Kröger, P., Oja, H., Poutanen, M., Donner, K.J. (Eds), Fundamental Astronomy, Springer, 1996
-Maciel, W. (Ed.), Astronomia e Astrofísica, IAG/USP, 1991
-Maury, Jean-Pierre, Newton, the Father of Modern Astronomy, Harry N. Abrans editor, 1992
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-Morrison, D., Wolff, S, Fraknoi, A., Abell's Exploration of the Universe, Saunders College Publishing, 1995
-Miguens, Altineu Pires, Navegação: Ciência e Arte Vol.I,II e III, Editora Mariha do Brasil.
-Comandante Miranda, Astronomia sem mistérios,Ed. Moana Livros
-Comandante Miranda, Navegação astronômica,Ed. Moana Livros
-Comandante Miranda,Navegando pelo sol,Ed. Moana Livros
-Delerue, Alberto, Rumo às estrelas,Ed. Moana Livros
-Robbins, R., Jefferys, W., Shawl, S., Discovering Astronomy, John Wiley & Sons, 1995Shu, Frank, The physical Universe; An Introduction to Astronomy, Universe Science Books, 1982
-Smart, W.M., Textbook on Spherical Astronomy, Cambridge University Press, 1977
Schwarzschild, Martin (1912-1997), Structure and Evolution of the Stars, Dover Publications, 1958.
-Zeilik, M., Astronomy - The Evolving Universe, John Wiley & Sons, 1994
-Zeilik, M., Smith, E., Introductory Astronomy and Astrophysics, Saunders College Publishing, 1987
-artigo publicado no site http://www.astro.ufrgs.br/index.htm, por © Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva, pelo Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS;
-www.zenite.nu;
-http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_sin%C3%B3dico;
-http://wapedia.mobi/pt/Per%C3%ADodo_sin%C3%B3dico
-http://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica

Além disso tudo acima descrito, ainda tenho um tópico específico de referência bibliográfica, para consulta!

Um comentário:

Tutu disse...

Prezado Mestre, vai voltar a escrever ?Forte abraço!